Governador de São Paulo veta projeto de lei que previa gratuidade em ônibus intermunicipais para pessoas com deficiência

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, vetou um projeto de lei que buscava garantir a gratuidade em ônibus intermunicipais para pessoas com deficiência. O projeto foi apresentado pelo deputado Rafael Silva e já havia sido aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

De acordo com Tarcísio, segundo a legislação em vigor, somente ao Poder Executivo cabe a definição das tarifas de serviços públicos, e os contratos de concessão existentes não podem ser modificados. O governador ressaltou também que as linhas intermunicipais, que são gerenciadas pela Artesp e pela EMTU, já estão sujeitas à isenção de pagamento de tarifas para portadores de deficiência.

Em resposta ao veto, o deputado Rafael Silva argumentou que os ônibus intermunicipais frequentemente não atingem sua lotação máxima, o que significa que não haveria custo adicional para as empresas. O deputado ressalta que as empresas já obtêm lucros consideráveis e, portanto, poderiam arcar com a gratuidade concedida aos PCDs.

Com o veto do governador, o projeto de lei retorna para a Assembleia Legislativa de São Paulo. Os deputados terão a opção de acatar as razões apresentadas por Tarcísio e arquivar o projeto, ou então derrubar o veto e promulgar a lei.

Após a divulgação do veto, a Alesp optou por não se posicionar sobre o assunto, citando o envolvimento de vários deputados no projeto.

Ainda de acordo com o governo estadual, a gratuidade para pessoas com deficiência no transporte público não está totalmente descartada. Atualmente, existe a possibilidade de utilização do Bilhete Especial, que garante acesso gratuito tanto nos ônibus da SPTrans quanto nos trens do Metrô e CPTM.

É importante observar que esse projeto de lei foi uma tentativa de ampliar a gratuidade para pessoas com deficiência nos ônibus intermunicipais, uma vez que essa isenção já é assegurada em linhas gerenciadas pela Artesp e pela EMTU. Resta agora aguardar a decisão da Assembleia Legislativa de São Paulo diante do veto do governador. A discussão sobre a gratuidade no transporte público para PCDs continua em pauta, levando em consideração os direitos e necessidades dessa parcela da população.

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