Doyle expressou sua gratidão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela confiança depositada nele durante os meses em que esteve à frente da empresa pública de comunicação. Sua nomeação como diretor-presidente da EBC aconteceu em 14 de fevereiro deste ano. Ao todo, ele permaneceu no cargo por pouco mais de oito meses.
O jornalista assumiu a liderança da EBC após a gestão de transição da jornalista Kariane Costa, representante dos empregados no Conselho de Administração da empresa desde 2021. Costa havia sido indicada pelo presidente Lula para liderar o projeto de retomada da comunicação pública.
Ao longo de sua carreira, Hélio Doyle atuou como repórter, editor e chefe de redação em importantes veículos de comunicação do país, como o Correio Braziliense, O Estado de S. Paulo, Jornal de Brasília, Opinião, Folha de S.Paulo, Rede Globo, Veja, Isto É, Brasil Extra, Zero Hora e Jornal do Brasil. Além disso, ele foi professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB) durante 28 anos e chefe da assessoria de imprensa no Governo do Distrito Federal. O jornalista também é autor dos livros “Assim é a velha política” e “Interregno – o feitiço de Tobago”.
Na nota enviada aos funcionários, Doyle explicou os motivos de sua saída do cargo, relatando que o ministro Paulo Pimenta expressou seu descontentamento em relação à postagem que ele compartilhou sobre o conflito no Oriente Médio. O ministro argumentou que a publicação gerou constrangimentos ao governo, que mantém uma posição de neutralidade no conflito e busca a paz e a proteção dos cidadãos brasileiros. Doyle pediu desculpas e comunicou sua decisão de deixar a presidência da EBC, agradecendo ao ministro Pimenta e ao presidente Lula pela confiança depositada nele ao longo de seu mandato.
Esta é mais uma mudança importante na EBC, que tem como objetivo fortalecer a comunicação pública no país. Agora, cabe ao governo encontrar um substituto à altura de Hélio Doyle para dar continuidade a esse trabalho.