“Nós temos que esperar um pouco a evolução dos fatos e ver se há condição de acomodar. Tem que ser uma proposta diferente da atual, porque se repetirmos a mesma proposta, evidentemente que terá o mesmo resultado”, afirmou Vieira.
O Palácio do Itamaraty lamentou a rejeição da proposta de resolução elaborada pelo Brasil em nota divulgada anteriormente. Apenas os Estados Unidos votaram contra, enquanto outros 12 países aprovaram e dois se abstiveram (Reino Unido e Rússia). Como os 5 membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU têm o poder de veto, exercido neste caso pelos EUA, o texto não foi aprovado.
Apesar da rejeição, o ministro enfatizou o fato de o Brasil ter conseguido construir uma grande maioria em torno de uma resolução de consenso. “Foi uma vitória diplomática brasileira ter conseguido reunir 12 países que uniram forças com o Brasil pedindo que houvesse uma saída humanitária”, ressaltou Mauro Vieira.
A proposta condenava os atos do Hamas contra Israel em 7 de outubro como atos terroristas e chamava pela libertação imediata e incondicional de todos os reféns civis. Além disso, solicitava uma pausa no conflito para a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
A resolução também exigia o fornecimento contínuo de bens essenciais para a população civil, como artigos médicos, água e alimentos, e pedia a evacuação de civis e funcionários das Nações Unidas de uma determinada área em Gaza.
Ainda é incerto se um novo projeto de resolução será apresentado no futuro, uma vez que isso dependerá da evolução dos eventos ocorridos desde a rejeição da proposta anterior. O Brasil continua comprometido em buscar uma solução humanitária e pacífica para o conflito entre Israel e o Hamas, e o ministro das Relações Exteriores está monitorando a situação de perto para determinar os próximos passos diplomáticos a serem dados.