De acordo com a oposição, o relatório apresentado pela senadora Gama não apontou a omissão do governo federal e também deixou de indiciar o atual ministro da Justiça, Flávio Dino, e o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional no governo Lula, Geraldo Dias.
A CPMI do 8 de Janeiro foi instituída com o objetivo de investigar os acontecimentos ocorridos no dia da invasão do Capitólio, em Washington, nos Estados Unidos. Com base nas informações e depoimentos colhidos ao longo das investigações, a senadora Eliziane Gama apresentou seu relatório final, que agora será submetido à votação dos membros da comissão.
O pedido de indiciamento do ex-presidente Bolsonaro e demais pessoas envolvidas nos acontecimentos do dia 8 de Janeiro é um dos pontos mais polêmicos do parecer. A oposição tem pressionado para que o governo federal também seja responsabilizado pela omissão diante das manifestações que ocorreram em frente ao Congresso Nacional.
Além disso, a oposição critica a falta de inclusão do ministro da Justiça, Flávio Dino, e do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional durante o governo Lula, Geraldo Dias, no rol de indiciados. Segundo a oposição, ambos têm responsabilidade nos eventos do dia 8 de Janeiro e deveriam ser responsabilizados.
A votação do relatório final promete ser acirrada, com embates entre a base do governo e a oposição. A expectativa é que a votação seja concluída ainda hoje e que os resultados sejam divulgados posteriormente.
Com o desfecho dessa votação, inicia-se uma nova fase na CPMI do 8 de Janeiro. Caso o relatório seja aprovado, as indicações de indiciamento seguirão para o Ministério Público e poderão resultar em processos judiciais no futuro. O debate em torno do relatório da senadora Eliziane Gama também coloca em evidência as divergências e tensões políticas existentes atualmente no país.