Comissão de Educação aprova projeto que obriga estados a oferecerem ensino médio noturno em municípios com demanda comprovada

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que exige que os estados ofereçam pelo menos uma escola com ensino médio noturno nos municípios em que houver demanda comprovada. A proposta prevê que, caso não seja possível cumprir essa regra na sede do município, a oferta do período noturno deve ocorrer em escolas localizadas em distritos ou áreas rurais.

O projeto, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), ainda precisará ser analisado pelas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de ser votado pelo plenário da Câmara.

O texto aprovado foi o substitutivo do deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO) ao Projeto de Lei 2813/23, de autoria do deputado Alexandre Guimarães (Republicanos-TO). Além disso, o novo texto também incorpora a proposta apresentada pelo PL 3344/23.

Ricardo Ayres, relator do projeto, destacou que o ensino noturno não é oferecido em 710 municípios brasileiros, de acordo com dados do Censo Escolar de 2022. Ele ressaltou a importância da iniciativa em análise, afirmando que ela busca atender a demanda manifesta e comprovada por ensino noturno em todas as localidades.

Essa medida tem como objetivo garantir uma oportunidade de acesso à educação para aqueles que trabalham durante o dia ou têm outras atividades que impedem o estudo no período matutino ou vespertino. O ensino noturno é uma alternativa para que essas pessoas possam concluir o ensino médio e garantir melhores oportunidades no mercado de trabalho.

A aprovação desse projeto de lei pode trazer benefícios significativos para a população, especialmente em municípios menores ou mais distantes dos centros urbanos. Além disso, essa medida pode ser um estímulo para que mais pessoas deem continuidade aos estudos, contribuindo para a redução da evasão escolar e para o aumento do índice de conclusão do ensino médio.

Agora, o projeto seguirá para análise das comissões responsáveis pela avaliação financeira e constitucionalidade da proposta. Caso seja aprovado, essa medida poderá impactar positivamente a vida de milhares de estudantes em todo o país, garantindo o direito à educação e ampliando as oportunidades de crescimento e desenvolvimento pessoal e profissional.

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