Ministro da Comunicação anuncia extensão de linha de crédito do BNDES para grandes empresas

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, anunciou nesta terça-feira (17) que a linha de crédito do BNDES criada para socorrer cidades do Rio Grande do Sul afetadas pelas enchentes vai ser estendida para grandes empresas. O programa atualmente se destina a pequenos empreendedores e agricultores familiares atingidos pela calamidade pública.

Em reunião conjunta das comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Desenvolvimento Urbano; e de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional da Câmara dos Deputados, Pimenta afirmou que está sendo criado um programa específico para empresas que têm faturamento de até R$ 300 milhões. Essa nova linha de crédito do BNDES está sendo regulamentada e terá um modelo semelhante ao programa de restruturação das cooperativas.

Esse anúncio visa atender a demanda das empresas maiores que foram afetadas pelas enchentes. O objetivo é mitigar os impactos econômicos causados pela calamidade no estado do Rio Grande do Sul. O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, destacou a importância do esforço conjunto dos governos federal, estadual e municipal para lidar com a situação.

O governo federal deve injetar mais de R$ 1 bilhão de recursos no estado, entre créditos extraordinários para recuperação habitacional e adiantamento de dinheiro do FGTS. Além disso, os deputados da bancada gaúcha pretendem adiantar R$ 100 milhões disponíveis em emendas parlamentares para suprir as necessidades imediatas das prefeituras.

No entanto, durante a reunião, diversos prefeitos de cidades afetadas pelas enchentes reclamaram da burocracia para liberação do dinheiro destinado à recuperação da economia local. O diretor-geral da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Sul, Leandro Evaldt, pediu urgência para atender às 14 grandes empresas atingidas do Vale do Taquari. Ele sugeriu que as operadoras de crédito regionais sejam autorizadas a operar esses recursos, o que agilizaria os repasses.

Os deputados também cobraram agilidade no auxílio federal. O deputado Zucco destacou a necessidade de planejamento para atender as demandas das prefeituras. O ministro Waldez Góes reconheceu os entraves burocráticos, mas afirmou o compromisso do governo federal em executar as etapas de reestruturação e prevenção de tragédias naturais.

Ele informou sobre a intenção de firmar um pacto federal para o monitoramento e a retomada da construção de barragens em todos os estados até o final do mês. Apesar dos obstáculos, o governo está empenhado em superar a burocracia e garantir a recuperação e a prevenção necessárias para enfrentar as consequências das enchentes no Rio Grande do Sul.

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