Diferente das primeiras informações divulgadas, a hipótese de uma contagem errada foi descartada pelo Comando Militar do Sudeste, responsável pela apuração. As principais suspeitas agora são de furto ou extravio das armas. Para acompanhar as investigações, o general Achilles Furlan, chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia da caserna, foi deslocado de Brasília para São Paulo.
De acordo com o Exército, durante uma contagem, foi constatada a falta de 13 metralhadoras antiaéreas de calibre .50 e oito de calibre 7,62. Essas armas estavam em fase de reparos no Arsenal de Guerra, consideradas “inservíveis” pela Força.
Os armamentos em questão têm uma manutenção extremamente complexa e estavam sob responsabilidade do Arsenal de Guerra. Essa unidade é responsável por realizar o processo de desfazimento e destruição das armas que não podem ser reparadas.
Para auxiliar nas investigações, cerca de 480 militares, entre oficiais, soldados e praças, estão aquartelados na unidade desde que o sumiço das metralhadoras foi detectado. Eles estão sendo ouvidos no inquérito que busca novos dados relevantes para o caso.
No último domingo (15), familiares foram autorizados a visitar os militares aquartelados e levar alimentos e roupas para eles. Até então, o Exército estava tentando entender se as armas foram furtadas, desviadas ou se houve um erro na contagem anterior.
A Procuradoria-Geral de Justiça Militar divulgou uma nota informando que o promotor de Justiça Militar Luís Antonio Grigoletto recebeu uma ligação do general Pedro Celso Coelho Montenegro, comandante da 2ª Região Militar, na qual foi relatada a incerteza sobre o furto, desvio ou erro na contagem das armas. A possibilidade de uma contagem errada foi descartada após uma nova análise. O Ministério Público Militar está acompanhando as investigações.