Rinoceronte-branco mais antigo do zoológico de Belo Horizonte morre aos 53 anos, ultrapassando expectativa de vida para animais da espécie

No último dia 13, o zoológico de Belo Horizonte testemunhou a triste partida de sua rinoceronte-branco mais antiga, Luna. Aos 53 anos, Luna superou a expectativa de vida dessa espécie em cativeiro, que é de 50 anos. É importante ressaltar que, na natureza, rinocerontes-brancos vivem cerca de 30 anos, de acordo com informações fornecidas pelo zoológico.

Luna já vinha apresentando problemas de saúde relacionados à sua idade avançada há alguns anos. A equipe do zoológico cuidava intensivamente dela e a cercava de carinho. Em um comunicado de pesar divulgado pelo local, o zoo ressaltou o estado debilitado em que Luna se encontrava.

A rinoceronte deixou um legado importante, tanto para o zoológico quanto para a espécie em si. Originária da África e ameaçada de extinção, Luna nasceu em 4 de maio de 1970 e chegou a Belo Horizonte em dezembro de 1972, vinda da então Alemanha Ocidental. Durante sua estadia na capital mineira, Luna viveu sozinha, tendo apenas dois companheiros ao longo da vida. Infelizmente, ela não teve filhotes.

A morte de Luna desperta também preocupações sobre o futuro do zoológico de Belo Horizonte. Com aproximadamente 3.500 animais em suas dependências, a prefeitura da capital planeja conceder a administração do local à iniciativa privada. De acordo com as informações divulgadas, a empresa vencedora da licitação precisará realizar investimentos no valor de R$ 233 milhões.

Esses recursos serão destinados a diferentes melhorias, como a construção de um estacionamento, a adequação dos espaços para os animais, a organização por núcleos temáticos, a reforma das estufas e a implementação de banheiros e restaurantes.

No entanto, o processo de concessão do zoológico encontrou algumas dificuldades. O edital para a licitação foi publicado em agosto, e os envelopes foram abertos em 14 de setembro. No entanto, nenhuma proposta foi enviada, o que levou a prefeitura a considerar a concorrência deserta. Diante disso, o governo municipal pretende reformular o documento.

A morte de Luna não apenas entristeceu o zoológico de Belo Horizonte, mas também ressalta a importância de preservar essa espécie ameaçada de extinção. Enquanto o futuro do local permanece incerto, é fundamental que sejam encontradas soluções que promovam o bem-estar dos animais e a conservação das espécies em risco.

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