No entanto, para que a continuidade da concessão seja concretizada, é necessário que o governo federal tome uma decisão a respeito. O governo já demonstrou interesse na permanência da RIOgaleão, mas ainda é preciso uma solução conjunta em relação à concessão, que deverá ser construída em parceria com o governo. A manifestação de interesse pela continuidade é uma das etapas previstas no parecer do Tribunal de Contas da União.
A intenção de devolver a administração do aeroporto foi comunicada pela Changi em fevereiro deste ano, devido ao desequilíbrio financeiro do contrato causado pela queda na demanda de passageiros nos últimos anos. De acordo com as regras atuais de concessão, o governo federal pode realizar uma nova licitação quando a devolução é solicitada. No entanto, antes de confirmar a desistência e realizar a relicitação, é necessário que a decisão seja autorizada pelo Tribunal de Contas da União.
A solução conjunta para a continuidade da administração da RIOgaleão ainda passará por análises, incluindo a avaliação dos valores de outorgas e dos investimentos previstos no contrato original. De acordo com a concessionária, os pagamentos estão em dia e uma reunião com o Ministério de Portos e Aeroportos para dar continuidade às discussões deve ocorrer nas próximas semanas.
Em agosto de 2023, o então ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, assinou uma resolução que determinou a transferência de alguns voos do Aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio, para o Aeroporto Internacional Tom Jobim, com o objetivo de aumentar o fluxo de passageiros neste último. O atual ministro da pasta, Silvio Costa Filho, visitou o aeroporto no início deste mês para conhecer as instalações e acompanhar os efeitos dessa transferência de operações entre os dois terminais.
Diante dessa nova realidade, a RIOgaleão prevê investimentos adicionais de R$ 15 milhões até o final de 2023. A Agência Brasil solicitou informações ao Ministério de Portos e Aeroportos, porém, até o momento da publicação desta matéria, não obteve resposta.