A influenciadora sempre negou qualquer envolvimento ou apoio às ações de vandalismo que ocorreram durante os protestos. Ela era reconhecida por sua militância em favor de Jair Bolsonaro e também tinha uma relação próxima com os filhos do ex-presidente.
Devido à sua participação nos atos, Karol Eller perdeu o cargo que ocupava no escritório da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) no Rio de Janeiro. No entanto, em março de 2023, foi contratada como assessora especial do deputado estadual paulista Paulo Mansur.
Karol Eller era abertamente homossexual e costumava ser citada por políticos de direita para negar acusações de homofobia. Em julho, ela se filiou ao Partido Liberal (PL) durante um evento na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, que contou com a presença de Bolsonaro.
A influenciadora tinha planos de se candidatar nas eleições municipais de 2024 e era tratada pelo partido como uma “destacada liderança jovem em defesa da política de direita e do governo Bolsonaro”.
No último mês, Karol Eller anunciou sua conversão à fé cristã e afirmou ter renunciado à “prática homossexual, aos vícios e aos desejos da carne para viver Cristo” após participar de um retiro religioso.
A morte de Karol Eller causou consternação entre as lideranças políticas bolsonaristas. O senador Flávio Bolsonaro lamentou a perda e pediu respeito pela história da influenciadora. O deputado federal Eduardo Bolsonaro também expressou pesar pela notícia e disse que Karol fará falta.
O deputado Nikolas Ferreira foi um dos primeiros a confirmar o falecimento e desejou conforto para os familiares da influenciadora.
Karol Eller ficou conhecida nacionalmente em 2019, quando foi vítima de um ataque homofóbico em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Ela foi agredida com socos e pontapés, deixando seu rosto desfigurado. A polícia investigou inicialmente o caso como homofobia, mas concluiu que a influenciadora foi a responsável pelas agressões após ouvir os envolvidos no caso.
Antes de sua morte, Karol Eller publicou mensagens nas redes sociais como “perdi a guerra” e “lutei pela pátria”. A morte da influenciadora gerou comoção e levantou debates sobre a violência e os desafios enfrentados pela comunidade LGBTQ+ no Brasil.