Setembro de 2023 foi um mês marcado por recordes de temperaturas. A NOAA confirmou que foi o mês mais quente em 174 anos de registros globais. O Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, da União Europeia, também anunciou esse recorde no início de outubro. De acordo com Sarah Kapnick, cientista-chefe da NOAA, “Setembro de 2023 foi mais que apenas o mês mais quente já registrado. Foi o mais atipicamente quente, ultrapassando a média de julho de 2001 a 2010”.
A temperatura média global em setembro ficou 1,44°C acima da média do século XX, segundo a agência americana. Já o Copernicus estima que setembro tenha sido quase 1,75°C mais quente do que a média para o mês no período pré-industrial, de 1850 a 1900. Esses números alarmantes confirmam o impacto das mudanças climáticas em nosso planeta.
Carlo Buontempo, diretor do Copernicus, expressou sua preocupação com a situação. Segundo ele, “Passamos pelo setembro mais incrível de todos os tempos do ponto de vista climático. É algo difícil de acreditar. A mudança climática está aqui e não é algo que acontecerá daqui a dez anos”. Essas declarações reforçam a urgência de tomar medidas concretas para combater as mudanças climáticas.
É importante lembrar que o Acordo de Paris estabeleceu como meta manter o aumento da temperatura global abaixo de 2°C e, idealmente, em 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. Esse limite é considerado crucial para evitar os impactos mais catastróficos das mudanças climáticas. No entanto, os recordes de temperatura registrados em setembro de 2023 mostram que estamos longe de atingir esse objetivo.
A COP28 será uma oportunidade crucial para que os líderes mundiais discutam ações concretas para lidar com as mudanças climáticas e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. É essencial que sejam tomadas medidas urgentes para limitar as consequências cada vez mais perigosas do aquecimento global.