Os tuk-tuks da Grilo são equipados com cabine fechada e têm velocidade máxima de 50 km/h, proporcionando um transporte rápido e seguro. Segundo o sócio-fundador da empresa, Carlos Novaes, essa é uma das vantagens em relação às entregas convencionais de moto, já que os motociclistas muitas vezes desrespeitam as leis de trânsito e colocam em risco a sua segurança e a dos passageiros. Enquanto isso, em São Paulo, 240 pessoas perderam a vida em acidentes envolvendo motos até o mês de agosto deste ano, de acordo com dados do sistema de monitoramento de acidentes de trânsito do governo estadual.
Além da segurança, os tuk-tuks da Grilo também possuem uma capacidade de carga maior do que as motos, podendo transportar até 200 quilos de mercadorias. Além disso, há espaço no banco de trás para objetos maiores, com dimensões de 75 cm de profundidade, 1 metro de largura e 1 metro de altura. Essas características chamaram a atenção de empresários locais, como o dono de uma padaria artesanal na Bela Vista, Dalton Higasi Sales, que contratou os serviços da Grilo para transportar seus produtos.
Mesmo após a proibição do transporte de passageiros, a Grilo insiste na segurança dos tuk-tuks e ressalta a importância de deixar espaço para a inovação. A empresa acredita que essa solução de transporte traria benefícios para São Paulo, como a redução da poluição sonora e atmosférica, além de atender às necessidades das pessoas de forma acessível e segura.
Apesar de não poderem mais transportar passageiros, os tuk-tuks da Grilo continuam circulando pelas ruas de São Paulo, contribuindo com o transporte de mercadorias e oferecendo uma alternativa sustentável e eficiente para as empresas e clientes individuais da região central da cidade.