De acordo com informações da Polícia Militar, o cabo Thiago estava passando de moto pelo viaduto Paulo Lins quando foi atingido por um disparo de arma de fogo. O autor do crime conseguiu fugir do local antes da chegada dos policiais. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense está investigando o caso e já realizou perícias e diligências para identificar a autoria e a motivação do assassinato.
É importante ressaltar que o cabo Thiago foi morto um dia depois de participar de uma operação na comunidade Az de Ouro, em Anchieta, zona norte do Rio de Janeiro. Durante a ação, um homem apontado como chefe da comunidade e outros seis suspeitos foram presos. Um dos suspeitos acabou sendo baleado e foi levado para um hospital da região, mas ainda não há informações sobre seu estado de saúde. Além disso, foram apreendidos quatro fuzis e duas granadas.
A comunidade Az de Ouro tem sido palco de confrontos entre facções rivais nos últimos meses, na disputa pelo controle territorial. Atualmente, a região é dominada pelo Comando Vermelho, mas membros do Terceiro Comando Puro estão tentando retomar o controle.
Infelizmente, o caso do cabo Thiago dos Santos Reglo faz parte de uma triste estatística. Segundo a plataforma Fogo Cruzado, este foi o 113º agente de segurança baleado na região metropolitana do Rio de Janeiro em 2023, sendo que 51 deles não resistiram aos ferimentos.
O cabo Thiago era reconhecido por seu trabalho e recebeu duas homenagens da Câmara de Vereadores do Rio. Em novembro do ano passado, o então vereador Luciano Vieira apresentou uma moção em sua homenagem, ressaltando sua coragem e dedicação na busca pelo cumprimento de seu dever como policial militar. Já em 2020, o então vereador Major Elitusalem também prestou homenagens ao cabo Thiago, destacando sua contribuição para a construção de uma sociedade mais justa através de seu trabalho na PM.
A morte do cabo Thiago dos Santos Reglo é mais um trágico episódio que mostra a violência que assola o Rio de Janeiro e a necessidade de se investir em políticas públicas e ações efetivas para combater o crime e proteger a vida dos agentes de segurança. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense continuará investigando o caso para trazer os responsáveis à justiça e esclarecer os motivos que levaram a esse crime brutal.