Israel se prepara para incursão terrestre na Faixa de Gaza, com 35 batalhões prontos para agir, em meio a sinais de uma grande operação.

O exército de Israel anunciou nesta quinta-feira que possui 35 batalhões posicionados na região sul do país, prontos para uma possível entrada na Faixa de Gaza, caso o governo assim decida. A declaração foi dada pelo porta-voz do exército israelense, Rony Kaplan, em um momento em que Israel parece estar se preparando para uma grande operação na região.

As tensões entre Israel e o grupo militante islâmico Hamas têm aumentado nos últimos dias, com ambos os lados realizando ataques de grande escala. Agora, há fortes indícios de que Israel esteja preparando uma incursão terrestre no enclave palestino.

Segundo um porta-voz militar israelense, o país está se preparando para a próxima fase da guerra, que pode envolver ataques aéreos, marítimos ou terrestres. No entanto, ainda não há uma decisão definitiva, uma vez que os terroristas em Gaza supostamente mantêm cerca de 130 reféns.

Relatos da imprensa internacional revelam que já existe um grande destacamento de tropas e tanques israelenses perto da fronteira com Gaza. Além disso, o país convocou 360 mil reservistas para participarem da operação em preparação.

Enquanto isso, os residentes palestinos da cidade de Beit Lahiya, no norte da Faixa de Gaza, estão sendo alertados por aviões israelenses para evacuarem suas casas e se dirigirem a abrigos conhecidos. Panfletos lançados pelos aviões afirmam que qualquer pessoa próxima aos terroristas do Hamas estará colocando suas vidas em perigo.

A incursão terrestre na Faixa de Gaza é considerada um movimento de alto risco, devido à densidade populacional do enclave. Com mais de 2 milhões de palestinos vivendo em uma área de apenas 365 km², a população praticamente não teria para onde se abrigar durante o conflito. Por isso, uma operação terrestre poderia resultar em um grande número de mortes e feridos.

A última vez que Israel invadiu a Faixa de Gaza foi durante uma guerra de 50 dias contra o Hamas, há quase dez anos, em 2014. Na ocasião, dezenas de israelenses e mais de 2.200 palestinos morreram, a maioria deles civis, incluindo mais de 500 crianças, de acordo com a ONU.

A situação na região continua tensa e as consequências de uma nova escalada no conflito entre Israel e o Hamas são incertas. A comunidade internacional tem acompanhado de perto os acontecimentos e teme por um ressurgimento da violência e do banho de sangue na região.

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