Na madrugada desta quarta-feira (22), o nível do lago chegou a 3,93 metros no Cais Mauá, ainda acima da cota de inundação que é de 3 metros. O ponto mais alto registrado foi em 5 de maio, com 5,35 metros, causando impactos significativos nas atividades comerciais, industriais, de serviços e residenciais da capital gaúcha.
O Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul indicou que o cenário aponta para uma cheia duradoura, com redução gradual dos níveis. Além disso, existe a preocupação com a possibilidade de represamento do lago devido ao vento sul forte previsto para sexta-feira (24), o que poderia elevar novamente o nível para perto dos 4 metros.
As chuvas previstas para os próximos dias também são um fator que contribui para o aumento dos níveis e a prolongação da cheia até junho. O IPH recomenda atenção nas áreas que já foram alagadas, bem como a realização de ações imediatas para manutenção da infraestrutura e dos serviços essenciais, como o saneamento básico.
Após a enchente histórica que afetou a região, a Prefeitura de Porto Alegre está promovendo um mutirão para limpar as ruas que já não estão mais inundadas. Até o momento, foram retiradas 2,4 toneladas de lixo das ruas, incluindo restos de móveis, e está sendo realizada a raspagem do lodo acumulado, além da varrição.
Com uma operação que envolve 800 garis, 168 caminhões e 30 retroescavadeiras, a cidade busca se recuperar dos impactos causados pela cheia histórica do lago Guaíba. A população local segue atenta e em alerta para possíveis novas elevações nos níveis devido às condições climáticas adversas previstas para os próximos dias.
