Aumento da letalidade policial nos estados comandados por ministros do governo Lula chama atenção para crise de segurança na Bahia.

Nos últimos anos, tem se observado um preocupante aumento na letalidade causada por agentes de segurança nos estados da Bahia, Amapá, Piauí e Ceará, que foram comandados por ministros do governo Lula (PT) no passado. De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública analisados pela Folha, houve um crescimento de até quatro vezes a média nacional de mortes decorrentes de intervenção policial nessas regiões.

Na Bahia, por exemplo, o aumento foi de impressionantes 426% em 2022, em comparação com os números de 2014. Em contraste, a média do Brasil nesse período foi de 104,35%. O Maranhão, que foi comandado pelo próprio ministro Flávio Dino (PSB), teve um aumento de 53% nas mortes por intervenção policial em 2022.

Alguns estados, no entanto, conseguiram reduzir esses números preocupantes. Alagoas teve uma queda de 35% e o Ceará registrou uma redução de 32% nas mortes causadas por agentes de segurança. Porém, a situação na Bahia é especialmente grave, com mais de 50 mortes em operações policiais apenas em setembro deste ano.

Diante desses dados alarmantes, o ministro Flávio Dino lançou um plano de enfrentamento ao crime organizado no país, afirmando que não se trata de uma resposta a crises, mas sim de uma iniciativa que vem sendo construída há três meses. No entanto, especialistas apontam que tanto a esquerda quanto a centro-esquerda enfrentam desafios no que diz respeito ao controle da força e à gestão da segurança pública.

O presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, destaca que os casos mais críticos aconteceram na Bahia e no Amapá, durante a gestão dos ministros Rui Costa (PT) e Waldez Góes (PDT), respectivamente. Ele destaca que esses estados seguiram uma abordagem mais agressiva na condução das ações de segurança pública, o que resultou em um aumento significativo da letalidade policial.

Para combater essa situação preocupante, especialistas defendem a implementação de políticas integradas de segurança pública, focadas na redução dos homicídios. Alguns estados já adotaram medidas nesse sentido, como é o caso de Pernambuco, Espírito Santo, Ceará e Alagoas, que registraram resultados positivos na redução da violência.

No entanto, é importante ressaltar que é necessário tanto o envolvimento dos governos estaduais quanto do governo federal para enfrentar efetivamente esse problema. Infelizmente, muitas das políticas de segurança pública têm sido descontinuadas, o que acaba prejudicando os esforços para reduzir a letalidade causada por agentes de segurança.

É fundamental que essa questão seja tratada com urgência, levando em consideração a preservação da vida e o respeito aos direitos humanos. As mortes resultantes de ações policiais são um reflexo de um sistema de segurança falho, que precisa ser revisto e reformulado para melhor atender à população.

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