Ministro da Justiça vai discutir sumiço de líder do Comando Vermelho com presidente do CNJ, Luis Roberto Barroso

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou hoje que irá discutir com o presidente do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Luís Roberto Barroso, o sumiço do nome de Wilton Quintanilha, conhecido como Abelha, do Banco Nacional de Mandados de Prisão. Abelha é considerado um dos principais líderes do Comando Vermelho e está sendo alvo de operações policiais no Rio de Janeiro esta semana.

A informação foi divulgada pela Folha ontem. Segundo a matéria, Abelha estava sendo procurado pelas autoridades e poderia ficar em liberdade caso conseguisse sair do estado. Seu nome não constava no BNMP e só foi incluído após questionamento da reportagem.

O ministro Flávio Dino considerou a situação grave e afirmou que irá conversar com o CNJ para buscar soluções. Ele também mencionou que as facções do crime organizado têm o hábito de infiltrarem-se em sistemas, mas não confirmou se isso ocorreu nesse caso específico. Dino ressaltou a possibilidade de a Polícia Federal investigar o caso, caso haja solicitação do CNJ ou indicadores que justifiquem a investigação.

Dino ressaltou que o BNMP é coordenado pelo Conselho Nacional de Justiça e que o Ministério da Justiça acompanha por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública.

O ministro se encontra em São Lourenço da Mata, onde participa da cerimônia de implantação do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania e do Programa de Ação na Segurança em Pernambuco, executados pela União em cooperação com os estados. A governadora Raquel Lyra e o prefeito do Recife, João Campos, também estão presentes no evento.

A situação do sumiço do nome de Abelha do Banco Nacional de Mandados de Prisão levantou questões sobre a segurança dos sistemas institucionais e a atuação das facções criminosas. O caso deve ser investigado para garantir que não houve interferência externa no sistema. A preocupação com a infiltração das facções em diversos órgãos públicos também foi levantada pelo ministro. Medidas devem ser tomadas para reforçar a segurança dos sistemas e prevenir futuros incidentes.

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