Alzeben descreveu o conflito como uma chacina e instou as potências ocidentais a impedir os ataques de Israel. Ele também comentou sobre a posição do governo brasileiro, afirmando que, embora respeite o posicionamento do Brasil, não concorda com os termos dos comunicados oficiais. O embaixador destacou o importante papel que o Brasil pode desempenhar como mediador do conflito, devido à sua amizade e respeito por ambas as partes envolvidas.
Questionado sobre o fato do Hamas não aceitar o Estado de Israel, Alzeben responsabilizou os sucessivos governos israelenses pela criação do grupo e pelas situações beligerantes que comprometem a paz na região. Ele enfatizou que, desde 1948, Israel, acompanhado dos Estados Unidos e algumas potências ocidentais, tem impedido o cumprimento do direito internacional e a criação de um Estado Palestino economicamente viável.
Sobre a posição do Brasil, Alzeben afirmou que o país poderia desempenhar um papel importante na mediação do conflito, principalmente por presidir atualmente o Conselho de Segurança da ONU. Ele expressou confiança de que o Brasil, como amigo de ambas as partes e com respeito internacional, poderia ajudar a acabar com o conflito.
O embaixador concluiu sua entrevista ressaltando a necessidade de um esforço coletivo da comunidade internacional para pôr fim à violência. Ele clamou pela intervenção imediata do Conselho de Segurança da ONU, apoiada pelas potências ocidentais, e pelo fim dos bombardeios e do fogo cruzado. Alzeben enfatizou a importância de se alcançar uma solução pacífica, respeitando as fronteiras e as relações diplomáticas entre as partes envolvidas, e destacou a responsabilidade da comunidade internacional em fazer cumprir o direito internacional e garantir a existência de um Estado Palestino.