Primeiro-ministro de Israel promete aniquilar o Hamas após ataques que deixaram mais de 700 mortos e 2 mil feridos

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, fez um pronunciamento nesse domingo, 8, prometendo aniquilar o Hamas após os ataques que ocorreram no sábado. Segundo informações, mais de 700 israelenses foram mortos e 2 mil ficaram feridos. Os militantes palestinos relataram que mais de 130 reféns israelenses foram levados para a região de Gaza, o que dificulta ainda mais as operações militares contra o enclave de 2 milhões de habitantes.

Netanyahu afirmou que essa será uma guerra longa e difícil e recomendou que todos os palestinos residentes em Gaza fujam imediatamente. Ele também destacou que as forças israelenses entrarão em uma “fase ofensiva” da guerra, que continuará sem limitações até que os objetivos sejam alcançados.

Durante todo o domingo, os soldados de Israel estiveram envolvidos em combates com os militantes do Hamas que adentraram o território israelense. Os confrontos ocorreram em sete comunidades fronteiriças e em uma base militar. Tanques foram avistados se movendo em direção a Gaza por terras agrícolas no sul de Israel.

O porta-voz das brigadas Izz ad-Din al-Qassam, o braço militar do Hamas, Abu Ubaida, informou que os combates continuam em várias áreas próximas à fronteira de Gaza. Ele afirmou que o grupo conseguiu fazer mais reféns israelenses no domingo.

Esse conflito apresenta semelhanças com o sequestro em 2006 do recruta israelense Gilad Shalit, que manteve a atenção da sociedade israelense por anos e levou ao acordo de libertação de mais de 1.000 prisioneiros palestinos.

Enquanto isso, o Hamas, que controla Gaza, continuou disparando foguetes contra Israel, atingindo a cidade de Sderot e ferindo pelo menos uma pessoa. As autoridades israelenses alertaram os moradores para que fiquem em casa, pois há suspeitas de que os militantes palestinos tentem se infiltrar novamente na cidade.

Os ataques lançados pelos militantes palestinos no sábado, que foram considerados a pior invasão sofrida por Israel em 50 anos, levaram o governo israelense a responder com bombardeios pesados em Gaza. Segundo o Ministério da Saúde palestino, mais de 400 palestinos foram mortos, incluindo 78 crianças, e 2,3 mil ficaram feridos.

Dezenas de reservistas israelenses foram convocados por Netanyahu e já partiram para suas bases. Além disso, os moradores de 24 aldeias perto da fronteira foram instruídos a evacuar, o que indica que Israel está se preparando para uma operação terrestre na Faixa de Gaza.

Os nomes dos soldados mortos nos ataques de sábado estão sendo divulgados pelos militares de Israel, e as primeiras testemunhas dos combates contra os militantes palestinos estão relatando suas experiências, como o caso de Amir Tibon, que descreveu ter ouvido os terroristas falando e disparando contra sua casa.

O analista Aluf Benn analisou os ataques de sábado como os piores golpes sofridos por Israel desde 1948, destacando que, pela primeira vez, foram realizados ataques contra civis e estão ocorrendo casos de reféns de guerra. As pessoas estão desesperadas para obter informações sobre seus parentes.

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