A ação ocorreu na Vila Cruzeiro, no bairro da Penha. O helicóptero da Polícia Militar foi atingido no vidro frontal, enquanto o helicóptero da Polícia Civil teve o tanque de combustível atingido. Ambos pousaram em um terreno da Marinha, localizado na Avenida Brasil.
As polícias Civil e Militar realizam operações simultâneas em diferentes comunidades com o objetivo de cumprir mandados de prisão, especialmente contra suspeitos ligados aos assassinatos a tiros de médicos em um quiosque na Barra da Tijuca. A ação envolve mais de 100 mandados de prisão em comunidades como Cidade de Deus, na zona oeste, e os complexos da Penha e da Maré, na zona norte.
De acordo com a Secretaria de Polícia Civil, mais de mil policiais estão atuando nessas áreas, utilizando tecnologia como drones, câmeras de reconhecimento facial e leitura de placas de veículos em tempo real, coordenadas pelo Centro Integrado de Comando e Controle (CICC).
Até o momento, quatro suspeitos foram presos e, no Parque União, foi descoberto um laboratório de drogas e fabricação de artefatos explosivos. A Polícia Militar comunicou que todos os seus agentes que atuam na Maré estão equipados com câmeras corporais.
Segundo José Renato Torres, Secretário de Polícia Civil, a operação tem como alvo todos os integrantes da facção criminosa em questão. Após a identificação de uma migração desses chefes para outras comunidades, a polícia decidiu ampliar a atuação também para a Vila Cruzeiro e Cidade de Deus, além da Penha.
Moradores relataram ocorrências de tiros na Penha e na Maré, mas não há informações sobre feridos. A Secretaria Municipal de Educação afirmou que 44 unidades escolares no Complexo da Maré foram impactadas, afetando 16.138 alunos. Na Vila Cruzeiro, foram 14 unidades escolares com 5.143 alunos. Na Cidade de Deus, o horário de entrada nas escolas foi adiado, levando muitos alunos a faltarem às aulas.
É importante mencionar que as operações desta segunda-feira estão relacionadas ao assassinato de quatro médicos na última quinta-feira. Os profissionais foram atingidos por disparos enquanto estavam sentados em um quiosque na Barra da Tijuca. Segundo as investigações, um dos médicos teria sido confundido com um miliciano rival, o que levou os criminosos a cometerem o crime. Além disso, a polícia suspeita que um “tribunal do tráfico” tenha sido realizado pelos traficantes, resultando nas mortes e na descoberta dos corpos na zona oeste.