Segundo o Itamaraty, a prioridade é a repatriação daqueles que residem no Brasil ou que não possuem passagem de volta. Até o momento, cerca de 1.700 brasileiros manifestaram interesse em retornar ao país. A maioria dos brasileiros na região são turistas em Israel. Infelizmente, três brasileiros ainda estão desaparecidos.
Diante da incerteza em relação aos voos de repatriação, o Ministério das Relações Exteriores recomenda que os brasileiros que possuam passagens aéreas embarquem em voos comerciais do Aeroporto Ben-Gurion, que continua operacional.
Para a retirada dos brasileiros, foram disponibilizadas seis aeronaves. O segundo avião da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou da Base Aérea de Brasília com destino a Roma, na Itália. De lá, seguirá para Tel Aviv, em Israel. O primeiro avião, um Airbus A330-200 convertido em um KC-30 com capacidade para 230 passageiros, já está em Roma e partirá para Tel Aviv em breve.
Quanto aos brasileiros que se encontram na Faixa de Gaza, a região mais afetada pelo conflito, o governo brasileiro está planejando uma operação de evacuação coordenada pela Embaixada do Brasil no Cairo, no Egito.
Estima-se que pelo menos 30 brasileiros vivam na Faixa de Gaza e outros 60 em Ascalão e outras áreas afetadas pelo conflito. Já em Israel, a embaixada brasileira tem informações de cerca de 1.000 brasileiros interessados em voltar ao Brasil.
No terceiro dia de conflito, Israel chamou 300 mil reservistas e realizou mais de 2.000 bombardeios na Faixa de Gaza. O Hamas, por sua vez, ameaçou executar reféns israelenses para cada bomba lançada por Israel que atinja civis. O número de mortos desde o início dos ataques já ultrapassa 1.500, sendo 900 em Israel e 600 em Gaza, além de aproximadamente 5.000 feridos.
Diante dessa situação, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu ajuda humanitária internacional para os civis palestinos em Gaza e o fim dos ataques a Israel e aos territórios palestinos ocupados. O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, também solicitou a intervenção da ONU para pôr fim à “agressão israelense em curso” e evitar uma catástrofe humanitária.
Enquanto isso, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, propôs a formação de um governo de união nacional, envolvendo líderes da oposição, e ressaltou que as ações militares representam apenas o início da retaliação ao Hamas.
É importante ressaltar que as informações foram obtidas por meio da TV Brasil e da Agência Reuters. O governo brasileiro e as autoridades internacionais estão trabalhando para garantir a segurança e a repatriação dos brasileiros em meio a esse conflito devastador.