Convocado pelo Brasil, que ocupa a presidência rotativa do CSNU este mês, a reunião foi uma tentativa de entender melhor os recentes acontecimentos e encontrar uma solução para o conflito. Apesar da falta de consenso, Danese afirmou que o colegiado está aberto para convocar novas reuniões e trabalhar em direção a um acordo.
Durante a reunião, os participantes ressaltaram a importância de retomar as negociações o mais rápido possível. O embaixador brasileiro afirmou que é preciso buscar e construir um espaço para o diálogo, mesmo que não esteja evidente no momento. Ele enfatizou que o Brasil está extremamente preocupado e entristecido com o conflito.
No entanto, Danese não deu detalhes sobre os próximos passos do Conselho de Segurança da ONU em relação à guerra entre o Hamas e Israel. Ele explicou que as decisões serão tomadas com base nas propostas e posições apresentadas pelos membros e que o formato da reunião restringe os participantes de comentarem sobre o que foi debatido.
O embaixador brasileiro também mencionou que é provável que mais reuniões sejam realizadas para discutir o conflito. Ele afirmou que a presidência do Brasil está disposta a procurar acomodar todos os interesses dentro das normas e do mandato do Conselho de Segurança.
Antes mesmo da reunião, não se esperava que houvesse um consenso, devido à diversidade de posições entre os membros do Conselho. Enquanto os Estados Unidos reiteraram seu apoio inabalável a Israel, China e Rússia são vistas como países mais próximos ao lado palestino. O Brasil condenou os ataques e defendeu ações que evitem uma escalada do conflito.
É importante destacar que o Conselho de Segurança da ONU é composto por 15 países, sendo cinco com cadeiras permanentes e os demais com posições rotativas. Os membros permanentes possuem poder de veto. Atualmente, além do Brasil, países como Gabão, Gana, Emirados Árabes Unidos, Albânia, Equador, Japão, Malta, Moçambique e Suíça também têm assento rotativo no Conselho.
O Brasil ocupa a presidência do Conselho de Segurança pela 11ª vez e se mostrou disposto a trabalhar em busca de uma solução para o conflito entre o Hamas e Israel. A reunião de emergência foi um primeiro passo nesse sentido, mas ainda há muitos desafios a serem enfrentados. A busca por um processo de negociação continua sendo a tônica, mas é necessário o esforço de todos os países envolvidos para alcançar esse objetivo.