A obra, de autoria do escultor Gilmar Pinna, possui 45 metros de estátua e mais cinco metros de base. Comparativamente, o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, possui 30 metros de estátua e oito metros de pedestal. A estátua de Nossa Senhora Aparecida, feita em aço, teve um custo aproximado de R$ 10 milhões.
A construção da estátua foi interrompida em 2019, após uma decisão judicial provocada pela Atea (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos), que questionou a legalidade do uso de recursos públicos e da suposta doação de áreas do município para a construção de monumentos religiosos.
No entanto, em março do ano passado, o Tribunal de Justiça revogou a decisão e autorizou a conclusão da obra. O desembargador Ponte Neto justificou sua decisão alegando que o turismo religioso é a principal atividade econômica da cidade e que a construção da estátua poderia fomentar a economia local.
A estátua foi instalada a 3 km da Basílica de Nossa Senhora e pode ser vista a 6 km de distância. Em uma entrevista concedida à Folha no ano passado, o escultor Gilmar Pinna afirmou que a obra era um presente para a cidade, resultado de uma promessa feita à santa há 38 anos.
O escultor destacou que toda a construção foi financiada com recursos próprios, mas enfrentou problemas na Justiça devido a intolerância religiosa. Além disso, partes da estátua foram vandalizadas e roubadas durante o período de interrupção da obra.
A construção da estátua de Nossa Senhora Aparecida em Aparecida é um marco para a cidade, que tem no turismo religioso sua principal fonte de desenvolvimento econômico. A inauguração da estátua certamente atrairá ainda mais visitantes e movimentará a economia local, consolidando o município como um importante destino para os fiéis e admiradores da santa.