Agir rapidamente é essencial para evitar prejuízos após roubo de celular e garantir restituição dos valores saqueados, alerta instituto de defesa do consumidor.

Furtos e roubos de celulares estão se tornando cada vez mais comuns, especialmente porque os criminosos têm como objetivo invadir aplicativos de banco, serviços financeiros e realizar compras online. É extremamente arriscado tirar o celular do bolso na rua, já que os criminosos podem acessar facilmente aplicativos, contas de e-mail e informações pessoais, alterando senhas e gerando prejuízos para as vítimas. Muitos consumidores se perguntam como é possível que os criminosos tenham acesso aos aplicativos bancários e financeiros para realizar transferências e empréstimos em seus nomes.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), há quadrilhas e hackers especializados em invadir contas de celulares, tirando proveito de falhas de segurança nos sistemas operacionais e aplicativos. Isso mostra que essas ações são premeditadas e que os criminosos possuem conhecimento prévio sobre como burlar os mecanismos de segurança fornecidos pelas empresas.

É importante ressaltar que mesmo que o celular seja roubado com a tela bloqueada, ainda há o risco de invasões e prejuízos financeiros. Portanto, é fundamental agir rapidamente para evitar que qualquer valor seja tomado de contas e que fraudes sejam cometidas com o uso do aparelho.

A primeira providência a ser tomada é rastrear e apagar os dados do celular remotamente através do sistema operacional do smartphone. Isso pode ser feito pelo Encontre Meu Dispositivo do Google em aparelhos com Android, ou pelo iCloud em aparelhos iOS. É importante ter ativado previamente a busca por localização do dispositivo para possibilitar o bloqueio remoto.

O próximo passo é bloquear o celular através do número de identificação do aparelho, conhecido como IMEI. Esse bloqueio pode ser feito perante a operadora de telefonia ou através de uma comunicação em delegacia da Polícia Civil. É recomendado colocar uma senha no celular e configurar a tela para bloquear em um curto intervalo de tempo.

Após essas medidas de segurança, é necessário entrar em contato com o banco e outros serviços financeiros para informar o ocorrido e solicitar o bloqueio de cartões, contas e operações. É importante anotar os protocolos de atendimento fornecidos pelo banco. Também é recomendado fazer um boletim de ocorrência para ter um comprovante oficial do roubo.

Por fim, é essencial alterar as senhas de e-mails e redes sociais e encerrar as sessões em contas que estavam logadas no celular. Isso pode ser feito remotamente pelo computador. Além disso, o consumidor pode buscar auxílio das autoridades competentes, como o Procon, e até mesmo ingressar na Justiça caso a empresa se recuse a reembolsar os prejuízos causados pelo roubo.

O Idec ressalta que as instituições financeiras possuem falhas na segurança que permitem que golpistas e fraudadores cometam atos prejudiciais aos consumidores. É responsabilidade dessas empresas garantir um atendimento efetivo e de qualidade ao consumidor, e os tribunais têm reconhecido o dever delas em indenizar os consumidores que passam por essas situações.

Em resumo, em caso de roubo de celular, é fundamental agir rapidamente para evitar prejuízos financeiros. Rastrear e apagar os dados remotamente, bloquear o celular através do IMEI, comunicar o ocorrido ao banco, registrar um boletim de ocorrência e alterar as senhas são medidas essenciais para evitar maiores dores de cabeça e conseguir a restituição dos valores saqueados.

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