A região do Leste Asiático e do Pacífico foi a mais afetada, seguida pelo sul da Ásia. Nesses locais, diversos perigos climáticos se combinam, resultando em um alto número de deslocamentos de crianças. A China e as Filipinas foram destacadas como os países com os maiores números absolutos de deslocamento infantil, devido à exposição a eventos climáticos extremos, suas grandes populações infantis e capacidades de evacuação.
A diretora-executiva do Unicef, Catherine Russell, alertou para a gravidade da situação. Segundo ela, à medida que os impactos das mudanças climáticas aumentam, mais crianças são afetadas. Russell ressaltou que é necessário agir rapidamente para enfrentar esse desafio e garantir a proteção das crianças.
Os eventos climáticos extremos têm se tornado mais frequentes devido às mudanças climáticas causadas pela emissão de gases de efeito estufa das atividades humanas. O relatório apontou que inundações e tempestades foram responsáveis por 95% dos deslocamentos de crianças durante o período analisado. Além disso, estima-se que, nas próximas três décadas, cerca de 96 milhões de crianças terão que deixar suas casas devido a enchentes de rios, o que representa uma média de quase 3,2 milhões de crianças por ano.
O relatório do Unicef ressalta a necessidade de medidas urgentes para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e proteger as crianças. As soluções incluem investimentos em infraestrutura resiliente, sistemas de alerta precoce e planejamento de evacuação eficiente. A organização enfatiza que as crianças são especialmente vulneráveis a essas crises climáticas e defende a importância de priorizar sua proteção e bem-estar.
Diante desse cenário preocupante, é fundamental que os governos, a sociedade civil e a comunidade internacional atuem de forma coordenada e comprometida para enfrentar a crise climática e garantir um futuro seguro e sustentável para todas as crianças.