A pressão exercida pelos estudantes e servidores em greve levou a reitoria da USP a anunciar três novas medidas para reduzir o déficit docente na instituição. Inicialmente, a recomposição do quadro docente estava prevista para ocorrer de forma escalonada até 2025, com a contratação de 879 professores. No entanto, diante da mobilização, Carlotti Júnior recuou desse plano.
Em resposta à pressão, a reitoria anunciou que contratará 148 professores temporários em até 45 dias para suprir o déficit nas unidades de ensino. Essas vagas serão preenchidas de forma efetiva, mas inicialmente serão contratados professores temporários para que possam iniciar o trabalho dentro desse prazo. Além disso, as unidades de ensino também poderão antecipar os concursos programados para os próximos anos, e a reitoria autorizou todos os pedidos de antecipação.
Outra medida adotada foi a liberação de contratação para reposição das vagas decorrentes de aposentadorias de docentes em 2022. Os processos de contratação serão iniciados para que os novos docentes possam começar a trabalhar já em 2024. É importante ressaltar que, antes da greve dos estudantes, a reposição automática de professores aposentados não estava prevista na USP.
Com essas novas medidas, a gestão da USP promete contratar um total de 1.027 professores efetivos até o meio do próximo ano. A reitoria reconhece os desafios enfrentados nesse processo, incluindo a legislação para a contratação de servidores públicos, mas está empenhada em garantir uma maior celeridade na recomposição do quadro docente.
Essas ações são fruto da pressão dos estudantes e servidores da USP, que realizaram uma greve para exigir a contratação de professores e a redução do déficit docente na instituição. Agora, espera-se que as medidas implementadas pela reitoria possam contribuir para melhorar o quadro de ensino na universidade e atender às demandas dos estudantes.