Em entrevista durante uma cerimônia em comemoração aos 70 anos da companhia, Prates afirmou que a política de preços da Petrobras está funcionando, mas que é necessário avaliar a possibilidade de um novo reajuste. Ele explicou que desde a mudança da política de preços, houve várias oscilações no preço do barril de petróleo do tipo Brent, que é a referência utilizada no mercado brasileiro, e no preço internacional do diesel.
Segundo o presidente da Petrobras, a decisão de abandonar o modelo de paridade com a importação (PPI), que acompanhava as oscilações de preços no mercado internacional, foi criticada por economistas e especialistas do setor. No entanto, o governo defende que essa mudança visa “abrasileirar” os preços dos combustíveis.
Prates também mencionou a volatilidade do mercado de petróleo, destacando o aumento do preço do barril do petróleo WTI para novembro e do barril do Brent para dezembro. Ele ressaltou que a decisão sobre a exploração de petróleo na chamada Margem Equatorial é estratégica para o país, pois essa região seria a única nova fronteira com potencial para substituir a produção atual do pré-sal.
O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Rodolfo Saboia, também se pronunciou sobre o assunto durante uma audiência pública no Senado. Ele destacou a importância de olhar para o futuro e encontrar formas de reverter o declínio previsto na exploração do pré-sal. Saboia afirmou que a decisão sobre a exploração na Margem Equatorial é crucial para o país, já que há a possibilidade de continuar exportando petróleo ou voltar a ser um importador se nada for feito.
Há divergências em relação à exploração na Foz do Amazonas, com o Ministério do Meio Ambiente e o Ibama se posicionando contra devido aos riscos ambientais envolvidos. No entanto, a decisão final ainda será tomada.
Por enquanto, a Petrobras aumentou em 5,3% o preço do querosene de aviação (QAV). Quanto aos outros combustíveis, Prates informou que a situação é administrada por contratos específicos e que o último reajuste da gasolina e do diesel ocorreu em agosto, com aumentos de 25,8% e 16,2%, respectivamente.
Em resumo, a Petrobras está analisando a possibilidade de realizar um novo reajuste nos preços dos combustíveis devido às oscilações no mercado de petróleo e à falta de opções de importação. A decisão de abandonar o modelo de paridade com a importação foi criticada, mas o governo defende que esse é o caminho para “abrasileirar” os preços. A exploração de petróleo na Margem Equatorial também é considerada estratégica para o país.