A presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, destacou que as privatizações representam uma ameaça aos empregos e aos direitos dos trabalhadores. Portanto, a greve também tem uma motivação trabalhista. Além disso, ela ressaltou que a paralisação tem um caráter de interesse social, uma vez que está em jogo a qualidade de um serviço essencial para a população. Lisboa afirmou que durante sua campanha, Tarcísio de Freitas prometeu rever os contratos de concessão com a ViaMobilidade caso os problemas persistissem, porém, ao invés de cumprir com sua promessa, o governador optou por criticar o Ministério Público, que estava conduzindo as investigações necessárias.
Quanto ao não cumprimento da decisão judicial que determinou um efetivo de 100% da categoria trabalhando no horário de pico e 80% ao longo do dia, Lisboa justificou que os trabalhadores estão lutando pelo seu direito de greve e que o sindicato está recorrendo da decisão judicial.
Na manhã desta terça-feira (3), o governador Tarcísio de Freitas reiterou suas declarações de que a greve dos servidores do Metrô, da CPTM e da Sabesp possui motivações políticas e é ilegal. Ele afirmou que as paralisações não impedirão o governo de continuar estudando as privatizações, as quais visam melhorar o transporte e a experiência do cidadão. Além disso, o governador classificou a greve como abusiva, egoísta e ilegal, lamentando os transtornos causados à população.
O Sindicato dos Metroviários, por sua vez, reafirma a legitimidade da greve, argumentando que esta é uma forma legítima de luta dos trabalhadores pelos seus direitos e pela melhoria dos serviços públicos. Portanto, será necessário acompanhar os desdobramentos dessa disputa entre o sindicato e o governo, observando os impactos dessa paralisação na vida da população e possíveis desdobramentos jurídicos.