De acordo com a academia, os pesquisadores foram premiados “pelos métodos experimentais que geram pulsos de luz em atossegundos para o estudo da dinâmica de elétrons na matéria”. Suas pesquisas proporcionaram à humanidade novas ferramentas para explorar o mundo dos elétrons dentro dos átomos e moléculas.
Pierre Agostini, nascido nos Estados Unidos, Ferenc Krausz, natural da Hungria, e Anne L’Huillier, francesa, demonstraram a possibilidade de criar pulsos de luz extremamente curtos, os quais podem ser utilizados para medir os processos rápidos nos quais os elétrons se movem ou mudam de energia. Essa descoberta abre caminho para a compreensão dos mecanismos governados pelos elétrons e para a utilização prática desses conhecimentos.
Segundo Eva Olsson, presidente do Comitê do Nobel de Física, “a física do atosegundo nos dá a oportunidade de compreender os mecanismos que são governados por elétrons. O próximo passo será utilizá-los”. As aplicações potenciais dessas descobertas são vastas e atravessam diversas áreas de conhecimento. Na eletrônica, por exemplo, é importante compreender e controlar o comportamento dos elétrons em determinados materiais. Além disso, os pulsos de atossegundo também podem ser utilizados para identificar diferentes moléculas em diagnósticos médicos.
A premiação em Física dá início à temporada de anúncio dos prêmios Nobel de 2023. A próxima categoria a ser anunciada será a de Química, no dia 4 de outubro. Na sequência, serão revelados os vencedores dos prêmios de Literatura e da Paz, nos dias 5 e 6 de outubro, respectivamente. O prêmio de Economia será o último a ser anunciado, no dia 9 de outubro. Todas as categorias são anunciadas em Estocolmo, exceto o Nobel da Paz, que é atribuído pelo Comitê Nobel Norueguês e tem como cenário o Instituto Nobel Norueguês, em Oslo.
Uma novidade deste ano é que os vencedores de todas as categorias receberão um milhão de coroas suecas a mais em seus prêmios, totalizando 11 milhões de coroas suecas (aproximadamente US$ 970 mil). A intenção dessa iniciativa é aumentar o reconhecimento e o impacto dos prêmios Nobel.
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