Além das armas, a polícia também encontrou duas pistolas, radiocomunicadores, drogas, carregadores e munições durante a operação. No entanto, os nomes dos dois homens mortos não foram divulgados pelas autoridades, que apenas informaram que eles foram socorridos, mas não resistiram aos ferimentos.
De acordo com informações da polícia, os criminosos teriam saído da Vila do João com destino às favelas São Carlos e Mineira logo após o anúncio de uma ação integrada dos governos estadual e federal no Complexo da Maré. O governador Cláudio Castro, do partido PL, afirmou que as ações de segurança no estado serão realizadas em parceria com as forças federais e começarão pelo Complexo da Maré, podendo se estender para outras áreas.
Castro destacou que o planejamento e a inteligência serão feitos em conjunto com o governo federal, mas a entrada no complexo será liderada pelas forças estaduais, que já conhecem o ambiente. Para reforçar a operação, foram anunciados o envio de 300 homens da Força Nacional e 250 da Polícia Rodoviária Federal.
O governador ressaltou que o diálogo entre as forças federais e estaduais será permanente e que a investigação se estenderá para outras áreas a partir da Maré. O Complexo da Maré, que ocupa uma área de 426,88 hectares na zona norte do Rio de Janeiro, é palco de disputas territoriais entre duas facções criminosas. Em 2018, o Exército ocupou o local por 14 meses, a um custo diário de R$ 1,7 milhão. A ação no complexo foi anunciada por Castro após imagens de treinamento armado de uma das quadrilhas ser alvo de investigação da Polícia Civil.