O anúncio sobre a participação da PRF na segurança da avenida foi feito pelo Ministério da Justiça, mas não foram fornecidos mais detalhes sobre a operação conjunta com a Polícia Militar. Na semana anterior, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e o secretário-executivo da pasta, Ricardo Cappelli, se reuniram para discutir o envio de reforços federais visando reduzir a escalada da violência no estado.
A avenida Brasil percorre cerca de 26 bairros da cidade do Rio e conecta o centro da capital à zona oeste. Além disso, inclui três trechos de rodovias federais. A decisão de incluir a PRF no patrulhamento da via ganhou força após um ataque com bomba caseira a um ônibus que estava passando pela altura de Costa Barros, na zona norte. Três pessoas ficaram feridas no incidente.
O diretor da PRF, Antônio Fernando Oliveira, e o secretário Nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, irão ao Rio para definir o plano operacional. Dino afirmou que a atuação da PRF não substituirá as forças estaduais, mas sim as complementará. Ele destacou as ações próprias realizadas pela corporação, como a fiscalização rigorosa de roubos de carga nas rodovias do Rio de Janeiro.
Além disso, Dino autorizou o uso da Força Nacional no Rio de Janeiro para lidar com a presença de criminosos em treinamento de guerrilha em uma área de lazer em um conjunto de favelas. O ministro informou que a atuação do governo federal no estado envolverá 300 homens da Força Nacional, 50 viaturas e mais policiais rodoviários federais, além de equipamentos como blindados, veículo de resgate e helicóptero.
No entanto, é importante destacar que a PRF está sob investigação devido à morte de duas pessoas em ações da corporação. Os agentes estão sendo investigados pela morte de uma menina de 3 anos e de uma jovem de 26 anos em duas perseguições diferentes. As investigações indicam que os policiais atiraram nos veículos antes mesmo deles responderem à ordem de parada.
A corregedoria da PRF e a Polícia Federal estão conduzindo as investigações dos casos. A morte de Heloisa dos Santos Silva, por exemplo, ocorreu após a menina ser atingida por disparos na nuca e no ombro enquanto passava pelo Arco Metropolitano, rodovia patrulhada pela PRF. Apesar das críticas à corporação, o diretor-geral da PRF, Antônio Fernando Oliveira, afirmou em entrevista à Folha que a extinção da PRF não deve ser considerada como solução para seus problemas.
Portanto, a inclusão da PRF no patrulhamento da avenida Brasil tem como objetivo reforçar a segurança e combater a violência no Rio de Janeiro. Essa medida é parte de um conjunto de ações do governo federal, que também autorizou o uso da Força Nacional no estado. No entanto, a PRF enfrenta investigações devido à morte de duas pessoas durante suas operações. É importante que esses casos sejam investigados de forma rigorosa para garantir a responsabilização dos agentes envolvidos.