O Parque Bondinho Pão de Açúcar, responsável pela obra, alega que o projeto foi aprovado por todos os órgãos competentes e salientou que foram tomados cuidados para preservar o meio ambiente e o patrimônio. No entanto, a Justiça Federal determinou a suspensão temporária da obra no início do mês de junho.
A decisão de suspensão foi mantida pelos magistrados da 7ª Turma do TRF-2 por maioria de votos. Além disso, a autorização concedida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para a execução das obras também foi suspensa.
O juiz Paulo André Espirito Santo Bonfadini, da 20ª Vara Federal, que analisou o processo, destacou que a busca pelo incremento turístico não pode colocar em risco um patrimônio mundial e símbolo do turismo brasileiro no exterior.
De acordo com a Procuradoria da República, a empresa responsável pela obra realizou cortes na rocha do morro antes mesmo de apresentar o projeto executivo com as especificações das perfurações. A concessionária confirmou que foram realizadas perfurações que totalizaram 127,83 m³ nos morros da Urca e Pão de Açúcar.
Além disso, ambientalistas têm protestado contra o projeto da tirolesa e lançaram um abaixo-assinado, que já conta com mais de 30 mil assinaturas. Eles argumentam que as intervenções colocariam em risco o título de Patrimônio Mundial concedido pela UNESCO em 2012.
O projeto da tirolesa prevê a construção de quatro condutores de aço ao lado dos cabos que sustentam o bondinho do Pão de Açúcar. O passeio pelo cabo teria duração de 50 segundos, com o equipamento atingindo velocidade de até 100 km/h.
Assim, as obras de instalação da tirolesa no Pão de Açúcar permanecem suspensas até que haja uma nova deliberação ou decisão judicial sobre o caso.