De acordo com Cristina Demarque, filha da paciente, o convênio não cobria o marcapasso devido ao tipo de plano de saúde antigo da sua mãe. No entanto, mesmo após a família autorizar a mudança para um novo plano, a cirurgia ainda não foi autorizada. A família conta que os trâmites para resolver essa questão têm sido extremamente burocráticos, com demora na resposta por parte do convênio. “Eles demoraram muito para dizer que não fariam a cirurgia. No hospital sugeriram que a gente fizesse um upgrade de plano e assim nós fizemos, o problema é que eles são muito burocráticos, demoraram muito para resolver isso”, desabafa Cristina.
Enquanto aguarda pela autorização da cirurgia, Lúcia permanece acamada, ligada a um marcapasso externo, o que limita seus movimentos. A filha relata a angústia da mãe, que está inquieta e incapaz de se mexer, o que é especialmente preocupante levando em consideração sua idade avançada. Além disso, o período prolongado de repouso pode acarretar em outros problemas de saúde, como infecções hospitalares e escaras, colocando a idosa em risco desnecessário.
A reportagem entrou em contato com a SulAmérica Saúde, buscando esclarecimentos sobre o caso, porém a empresa não emitiu nenhum posicionamento até o momento. A matéria será atualizada assim que houver uma resposta por parte do convênio.
Essa situação retrata a dificuldade enfrentada por muitas famílias quando se deparam com a burocracia dos convênios de saúde. O caso de Lúcia Correa Demarque é apenas um exemplo entre tantos outros que ocorrem diariamente em nosso país. A demora na autorização de procedimentos médicos essenciais pode colocar em risco a saúde e a vida dos pacientes, gerando angústia e preocupação para seus familiares.
É necessário que as empresas de convênios de saúde repensem suas políticas e agilizem os processos de autorização, visando garantir um atendimento eficiente e de qualidade para seus segurados. Além disso, é fundamental que haja transparência e informação adequada para que as famílias possam tomar decisões conscientes em relação à saúde de seus entes queridos. Espera-se que, diante de casos como o de Lúcia, as autoridades responsáveis intervenham e encontrem soluções para que a saúde da população seja prioridade.