No entanto, em comparação com o período pré-pandemia, houve uma redução de 3% no investimento, totalizando R$1,18 bilhão, e uma diminuição de 16,5% no número de novas contratações. Isso pode ser atribuído à queda na submissão de propostas devido ao impacto da COVID-19 nas atividades de pesquisa. O acesso a universidades, instituições e laboratórios foi restrito devido às medidas de distanciamento social e ao risco de contágio.
Apesar desses desafios, a FAPESP continua desempenhando um papel fundamental no apoio ao desenvolvimento científico e tecnológico. A Fundação está trabalhando em parceria com universidades, institutos de pesquisa, instituições de saúde, empresas inovadoras e startups para impulsionar a retomada das atividades criativas e produtivas após a pandemia.
No ano do seu 60º aniversário, a FAPESP ampliou as oportunidades de financiamento por meio da criação de novos programas e parcerias. Isso incluiu a primeira chamada do Projeto Geração, que visa apoiar aqueles que concluíram o doutorado e/ou pós-doutorado e ainda não possuem vínculo empregatício. Além disso, foram selecionados 111 projetos na primeira chamada do Auxílio à Pesquisa Projeto Inicial, que apoia cientistas contratados há menos de oito anos em universidades e institutos de pesquisa no estado.
A FAPESP também contratou 54 novos Projetos Temáticos e lançou o primeiro edital para a seleção de novos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) a serem implantados nos próximos três anos.
Além do financiamento de pesquisas, a FAPESP também está investindo na formação de recursos humanos em ciência e tecnologia. Em 2022, 18% dos recursos foram destinados a bolsas de estudo não vinculadas a programas de pesquisa. O valor das bolsas foi reajustado em 15%.
A FAPESP também está investindo na infraestrutura de pesquisa, incluindo a modernização de laboratórios e a aquisição de equipamentos. Em 2022, foram abertas três chamadas de propostas para a obtenção de equipamentos de grande porte, totalizando R$450 milhões.
Além disso, a FAPESP está promovendo a inovação por meio de programas como os Centros de Pesquisa em Engenharia (CPEs), Centros de Pesquisa Aplicada (CPAs), Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE) e Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE). Esses programas receberam um investimento de R$99,6 milhões em 2022.
A FAPESP também consolidou parcerias ao longo do ano, firmando sete novos acordos para cofinanciamento de pesquisas, totalizando 215 parcerias com organizações estrangeiras e nacionais. A Fundação também renovou e ampliou o apoio à Plataforma Científica Pasteur-USP, um conjunto de laboratórios que abrigam a unidade brasileira do renomado Instituto Pasteur.
Outra iniciativa importante foi a implementação da Iniciativa Amazônia +10, que envolve várias fundações de amparo à pesquisa, com o objetivo de promover pesquisas colaborativas e interdisciplinares para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.
No geral, a FAPESP tem desempenhado um papel crucial no impulsionamento do desenvolvimento científico e tecnológico em São Paulo. Através de seus investimentos, parcerias e programas, a Fundação está contribuindo para a retomada das atividades de pesquisa e inovação após os impactos da pandemia.