O tempo de espera por um transplante de coração é variável e depende da disponibilidade do órgão. Em média, um coração é disponibilizado para potenciais receptores do grupo sanguíneo B em um período de 1 a 3 meses.
A distribuição dos órgãos dos doadores segue critérios técnicos definidos por lei, como tipagem sanguínea, compatibilidade de peso, altura e genética, além do risco iminente de morte dos pacientes na lista de espera. Francisco Monteiro, Coordenador do Sistema Estadual de Transplantes de São Paulo, explicou que a legislação estabelece vários parâmetros para priorizar o paciente mais grave.
A Secretaria de Saúde também divulgou que, nos primeiros oito meses de 2023, foram realizados 5.875 transplantes no estado de São Paulo, um aumento de 9,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os transplantes de córnea lideram a lista dos procedimentos, com 3.956 no total, seguidos pelos rins, com 1.281. Os transplantes de fígado tiveram o maior crescimento, com um aumento de 30,4% em 2023, totalizando 90 procedimentos até agosto, contra 69 no ano passado. Os rins, córneas e fígado são os órgãos com maior demanda no estado.
É importante ressaltar que a doação de órgãos deve ser consentida, de acordo com as diretrizes do SUS. Qualquer pessoa pode se tornar um doador, basta comunicar sua família sobre esse desejo. A Central de Transplantes enfatiza que a doação de órgãos e tecidos é fundamental para salvar vidas e destaca a importância do diálogo familiar sobre o desejo de ser ou não um doador de órgãos, para facilitar a tomada de decisão.
Essas informações mostram um panorama positivo em relação aos transplantes de órgãos em São Paulo, com um aumento significativo na realização desses procedimentos. No entanto, é necessário continuar incentivando a doação de órgãos e a conscientização sobre a importância desse gesto, para que mais vidas possam ser salvas.