O caso está sendo investigado pela Delegacia de Investigações Gerais de São Carlos, que planeja ouvir os alunos envolvidos nos próximos dias. Os vídeos foram enviados para perícia no Instituto de Criminalística e também serão analisados pelo Setor de Inteligência da Polícia Civil, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública.
A investigação está apurando se foram cometidos os crimes de ato obsceno e importunação sexual durante o episódio. A equipe da Folha tem tentado entrar em contato com a Unisa desde o dia 18 de setembro, mas a instituição não responde aos questionamentos da reportagem, como o número de estudantes expulsos e detalhes sobre a condução da investigação.
Em uma nota divulgada em seu site no dia 19, a Unisa classificou o comportamento dos alunos como “atos execráveis” e informou que entregou ao Ministério Público de São Paulo elementos que poderiam colaborar com as providências cabíveis. Na última sexta-feira, dia 22, o Ministério da Educação voltou a enviar notificações à Unisa e a outras três universidades – São Camilo, Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e FCMSCSP (Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo) – pedindo esclarecimentos sobre casos semelhantes.
O MEC está buscando informações sobre as medidas tomadas por essas instituições para investigar e punir condutas inadequadas ocorridas em trotes, jogos ou eventos acadêmicos. As universidades têm até 15 dias para responderem aos questionamentos.
A divulgação dos vídeos mostrando alunos nus durante os jogos universitários causou repercussão negativa e indignação. A sociedade cobra punição e ações concretas por parte das instituições de ensino para evitar e combater esse tipo de comportamento inaceitável.
