Os lotes recolhidos foram identificados como: FAB08DEZ22 da Fazenda Mineira; 046/23/3D da Jardim; 59 da Lenhador Extra Forte; 59 da Lenhador Tradicional; 58 da Balaio; 02 e 05 da Bico de Ouro; e 04 da Bico de Ouro 100% Puro Robusta. Esses produtos apresentaram sinais de irregularidades e foram retirados de circulação.
Segundo o coordenador de Fiscalização da Qualidade Vegetal, Tiago Dokonal, foi constatado que os grãos de café foram substituídos por matéria-prima contendo cascas e paus de café, com o intuito de aumentar o volume e enganar o consumidor. Esses resíduos de beneficiamento foram torrados e vendidos como se fossem grãos legítimos.
A fiscalização do café torrado e moído no país teve início em janeiro deste ano, com a entrada em vigor da Portaria n° 570, que estabelece o padrão de classificação do café torrado. Essa medida tem como objetivo garantir a qualidade do café comercializado no Brasil, aprimorando a transparência e a confiança do consumidor.
Essa não é a primeira vez que casos de fraude são identificados no setor de café. Em julho deste ano, uma força-tarefa realizada em Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Distrito Federal apreendeu produtos fraudulentos de mais de 26 marcas. Os fiscais encontraram irregularidades em diversos lotes, o que levantou suspeitas sobre a qualidade desses produtos.
De acordo com o Mapa, algumas das marcas identificadas com suspeitas de irregularidades estão em processo de contestação das análises. É importante que os consumidores fiquem atentos e verifiquem as informações nos produtos que adquirem, certificando-se de sua procedência e qualidade.
O Ministério da Agricultura e Pecuária tem trabalhado para fortalecer a fiscalização e garantir a integridade e qualidade dos alimentos disponíveis no mercado brasileiro. A colaboração dos consumidores também é fundamental nesse processo, denunciando possíveis irregularidades e contribuindo para a segurança alimentar de todos.