CBF e Ministérios assinam protocolo de combate ao racismo no futebol durante final do Brasileirão

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) firmou um acordo com os Ministérios da Igualdade Racial e do Esporte para combater o racismo no futebol. Um protocolo de intenções foi assinado durante a final entre São Paulo e Flamengo, no estádio do Morumbi, no último domingo.

Durante a partida, diversos letreiros do estádio exibiam a frase “Com o racismo não tem jogo”, como forma de conscientizar os torcedores sobre a importância de combater esse problema. Além disso, foram divulgadas informações sobre o Disque 100, canal de denúncias do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania e da Justiça.

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, o recém-promovido ministro do Esporte, André Fufuca, e a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, estiveram presentes no evento. Anielle Franco afirmou que desde fevereiro estão trabalhando em conjunto com outros ministérios para combater o racismo no futebol e que esse é mais um passo importante nessa direção.

André Fufuca ressaltou a importância de se buscar uma sociedade mais justa e afirmou que o futebol é a alma da população brasileira, sendo necessário coibir e abolir o racismo dentro e fora dos campos para termos uma sociedade mais fraterna.

Essa campanha antirracista no futebol foi iniciada pela CBF devido aos insultos sofridos por jogadores brasileiros, principalmente na Europa. Um caso que gerou bastante repercussão foi o do atacante Vinicius Júnior, que foi alvo de ofensas raciais em diversas partidas do Campeonato Espanhol no ano passado.

A Copa Libertadores também foi palco de atos racistas contra times brasileiros, porém as punições da Conmebol continuam sendo mínimas. Apenas os torneios administrados pela CBF adotaram uma punição esportiva até o momento.

Para combater efetivamente o racismo, a CBF fez uma parceria com o Observatório da Discriminação Racial no Futebol e envolveu entidades como Fifa, Conmebol e Uefa. No Regulamento Geral de Competições da CBF, foram incluídas penas desportivas como perda de pontuação, exclusão da competição e até mesmo perda do mando de campo nos casos de racismo.

Apesar dos esforços da CBF, ainda existem casos de racismo no futebol brasileiro. No último sábado, o atacante Alexandre Capela, do time Villa Real, relatou ter sido vítima de insultos raciais por parte de um torcedor do Guarani, durante uma partida válida pela segunda divisão do Campeonato Mineiro. Um Boletim de Ocorrência foi registrado sobre o caso.

O combate ao racismo no futebol é fundamental para promover um ambiente esportivo mais inclusivo e respeitoso. É necessário que todas as entidades esportivas se unam nessa causa e adotem medidas efetivas para punir os responsáveis por atos de racismo, garantindo que o esporte seja um espaço de igualdade e diversidade.

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