Os investimentos iniciais incluem a ampliação da sala de embarque remoto, readequação de vias de acesso, reforma de banheiros e revitalização da fachada. Essas obras devem ser entregues até 2026. Já na segunda etapa, prevista para junho de 2028, estão previstas a revitalização da pista de táxi, ampliação do pátio de aeronaves e a construção do novo terminal.
A Aena adquiriu os direitos de concessão de 11 aeroportos, incluindo Congonhas, por um valor total de R$ 2,45 bilhões em um leilão realizado em agosto deste ano. Esses aeroportos estão localizados em Campo Grande, Corumbá, Ponta Porã, Santarém, Marabá, Parauapebas, Altamira, Uberlândia, Uberaba e Montes Claros. No entanto, a empresa espanhola foi a única interessada no leilão.
A transferência de administração dos aeroportos está programada para ocorrer entre os dias 10 de outubro e 30 de novembro. A Aena informou que realizou um plano de transferência, com visitas técnicas e mais de 14 mil horas de treinamento para os profissionais que atuarão nos aeroportos.
O Plano de Exploração Aeroportuária (PEA) determina que a concessionária realize investimentos nos próximos cinco anos para melhorar o atendimento aos passageiros, incluindo a ampliação da estrutura do aeroporto de Congonhas. Isso inclui o aumento da capacidade de processamento de passageiros e bagagens, assim como melhorias nas vias terrestres e outras infraestruturas de apoio.
Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a ampliação da capacidade aeroportuária e a melhoria das condições de infraestrutura são os principais benefícios do programa de concessão de aeroportos. Uma consultoria contratada pela Anac estimou que serão necessários R$ 2,1 bilhões para modernizar o Aeroporto de Congonhas.
A Aena, fundada em 1991, é a maior operadora de aeroportos do mundo em número de passageiros. Além do aeroporto de Madri-Barajas, na Espanha, a empresa também administra outros 46 aeroportos em seu país de origem, um no Reino Unido, 12 no México, dois na Colômbia, dois na Jamaica e agora, 17 no Brasil. Ao todo, são 80 terminais em todo o mundo.
No entanto, a Aena recebeu penalidades por falta de qualidade nos serviços prestados no Aeroporto do Recife. A Anac identificou problemas nos sistemas de processamento de bagagens, além de reclamações referentes à baixa qualidade do sistema de ar-condicionado. Por outro lado, o terminal de Maceió, também administrado pela Aena, é considerado um dos melhores do país.
A Aena demonstra um compromisso em investir no desenvolvimento dos aeroportos brasileiros e melhorar a experiência dos passageiros. Resta acompanhar a implementação dessas melhorias e verificar se elas atenderão às expectativas dos usuários.