Além dos cinco homens mortos, outras seis pessoas foram assassinadas na véspera em Salvador e em Feira de Santana, como resultado de uma ação conjunta contra facções criminosas. A operação policial também resultou na apreensão de armas de fogo, munições, balanças de precisão, cocaína e maconha.
Esse episódio reforça a onda de violência policial que tem assolado a Bahia nos últimos meses. Somente em setembro, registrou-se um total de 46 mortes em confrontos com a PM do estado, sendo 45 delas de supostos envolvidos em crimes e uma de um policial federal. A maioria dessas mortes ocorreu durante operações nos bairros periféricos de Salvador.
Os dados compilados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelam um aumento alarmante nas mortes decorrentes de ações policiais na Bahia. Entre 2015 e 2021, o índice de ocorrências desse tipo mais do que quadruplicou, passando de 2,3 para cada 100 mil habitantes para 10,4.
É importante ressaltar que a Bahia é governada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) há 16 anos, mesmo partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A situação da segurança pública no estado tem sido motivo de preocupação, e o presidente foi alertado de que o governo perdeu o debate nessa área, especialmente devido aos resultados apresentados na Bahia, cujo ex-governador, Rui Costa, é o atual ministro-chefe da Casa Civil.
Esses episódios de violência policial e confrontos com facções criminosas são um reflexo da complexa situação de segurança pública que o país enfrenta atualmente. É necessário investir em políticas de prevenção, combate ao crime organizado e capacitação dos agentes de segurança, além de promover um diálogo amplo e democrático para buscar soluções efetivas para esse problema que tem afetado a vida cotidiana de milhares de brasileiros.