A onda de calor que atinge o Brasil fez com que a cidade de São Paulo tivesse o inverno mais quente dos últimos 62 anos. E essa tendência continua, pois a máxima em Cuiabá (MT) está prevista para chegar a incríveis 42°C neste domingo. Na sexta-feira (22), a capital mato-grossense já registrou a maior temperatura do país, com 41,8°C.
A região Centro-Oeste é a mais afetada pela onda de calor, com 15 dos 20 pontos mais quentes do Brasil. Porto Murtinho e Água Clara, ambos em Mato Grosso do Sul, tiveram temperaturas de 41,5°C e 41,2°C, respectivamente. Essa tendência deve se manter neste domingo, de acordo com as previsões do Inmet.
Outras capitais que também terão altas temperaturas são Campo Grande (MS), com máxima de 39°C, Goiânia (GO), com previsão de atingir 38°C, e Brasília (DF), com máxima prevista de 34°C. São Paulo terá uma máxima de 35°C, mesma temperatura prevista para Belo Horizonte (MG). No Rio de Janeiro, os termômetros poderão chegar a 38°C e, em Vitória (ES), a 33°C.
O inverno terminou oficialmente neste sábado (23), às 3h50, e deu início à primavera, que vai até 22 de dezembro. Na sexta-feira, São Paulo teve seu dia mais quente do ano, com máxima de 34,7°C, superando os recordes anteriores registrados nas últimas semanas de inverno. A Defesa Civil estadual alerta que a cidade pode atingir uma nova marca neste fim de semana e ter o dia mais quente da história.
Em outras regiões do país, como o Sul e o Nordeste, as temperaturas esperadas serão mais amenas. Porto Alegre terá uma mínima de 17°C, Curitiba terá oscilação entre 19°C e 33°C, e Florianópolis terá temperaturas entre 20°C e 32°C. Entre as nove capitais nordestinas, Teresina (PI) será a única com temperatura acima dos 35°C, mas nenhuma capital terá máxima inferior a 30°C.
Essa onda de calor fora de época tem causado um grande perigo para a população. O Inmet alerta que as temperaturas podem ultrapassar os 40°C em áreas das regiões Centro-Oeste e Norte, além do interior de São Paulo. Ribeirão Preto já registrou 38°C neste sábado. Ondas de calor são caracterizadas pelo aumento de 5°C em relação às médias de temperatura, e esse aumento prolongado por mais de cinco dias consecutivos traz um risco ainda maior.