Durante uma visita à Universidade de São Paulo (USP), Fernanda Haddad informou que o projeto que regula o mercado de crédito de carbono já está no Senado, o projeto Combustível do Futuro já está na Câmara e a emissão dos primeiros títulos soberanos sustentáveis será feita nas próximas semanas. Além disso, o ministro destacou que o Plano de Ação da Taxonomia Sustentável Brasileira, que está em consulta pública desde quinta-feira (21), deverá entrar em funcionamento em 2025 e se tornar obrigatório em 2026.
A visita do ministro à USP teve como objetivo conhecer o desenvolvimento da tecnologia que permitirá abastecer um carro elétrico com hidrogênio obtido a partir do etanol. Essa tecnologia tem o potencial de reduzir significativamente as emissões de carbono na cadeia de abastecimento e funcionamento do veículo, uma vez que produz apenas água como resíduo. Segundo Fernanda Haddad, a USP lidera uma pesquisa de ponta nessa área, em parceria com órgãos públicos e privados.
O projeto é considerado estratégico para o Brasil, visto que o país possui uma rede de postos de abastecimento veicular com etanol disponível. A proposta é instalar equipamentos de hidrogênio em cada posto, evitando assim o transporte do gás por caminhões tanque, que é considerado perigoso e oneroso. O carro movido a hidrogênio conta com uma célula que utiliza a molécula para produzir energia elétrica, gerando apenas água como resíduo. Na USP, já há um veículo da Toyota utilizando essa tecnologia.
Fernanda Haddad ressaltou a importância desse projeto e afirmou que é necessário destinar mais recursos para pesquisa, algo em torno de R$ 500 milhões. Segundo o ministro, esse investimento é pequeno considerando os benefícios que trará para a humanidade. Ele se comprometeu a levar a proposta aos órgãos federais e defender o apoio a esse projeto com entusiasmo.
As medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda têm como objetivo impulsionar a sustentabilidade no país e promover a transição para uma economia mais verde. O Plano de Transformação Ecológica do governo federal busca incentivar o desenvolvimento de tecnologias limpas e a adoção de práticas sustentáveis, contribuindo assim para a preservação do meio ambiente e a mitigação dos impactos das mudanças climáticas.