A audiência da FPMA foi um espaço para reforçar a necessidade de combater a discriminação e promover a inclusão das pessoas com deficiência, principalmente aquelas que também pertencem à comunidade negra. O acesso igualitário aos direitos básicos é uma luta constante e a Frente Parlamentar afirmou seu compromisso em não medir esforços para garantir que todas as pessoas tenham as mesmas oportunidades.
Durante a discussão, foi ressaltada a importância de implementar políticas públicas efetivas para as pessoas negras com deficiência. É fundamental garantir que elas tenham acesso à saúde, educação, trabalho e lazer, de forma igualitária e inclusiva. Além disso, foi destacada a necessidade de sensibilizar a sociedade sobre as múltiplas discriminações enfrentadas por essas pessoas, que muitas vezes são invisibilizadas ou ignoradas.
Outro tema de destaque na reunião foi a preocupação com os casos de intolerância religiosa no Brasil. Os participantes apontaram a necessidade de investigar e combater esses crimes, que têm se tornado cada vez mais frequentes. Segundo os dados apresentados, os crimes motivados por intolerância religiosa aumentaram 45% nos últimos dois anos, o que demonstra a urgência em tomar medidas efetivas para coibir essa violência.
Diante dessa realidade preocupante, foi sugerida a instalação de uma comissão parlamentar de inquérito para investigar os casos de intolerância religiosa no país. Essa comissão teria como objetivo identificar os motivos que levam ao aumento desses crimes e propor soluções para enfrentá-los de maneira eficaz. A criação dessa comissão foi amplamente apoiada pelos presentes na audiência, que acreditam que é preciso uma resposta contundente por parte do Estado diante dessa violação dos direitos humanos.
A reunião da Frente Parlamentar Mista Antirracismo foi um espaço importante para discutir questões sensíveis e urgentes relacionadas à inclusão das pessoas com deficiência e ao combate à intolerância religiosa. Foram apresentadas propostas concretas e ações que podem contribuir para a construção de uma sociedade mais igualitária e justa. A expectativa é que essas discussões sejam ampliadas e que novas medidas sejam tomadas para garantir os direitos e a dignidade de todas as pessoas, independentemente de sua origem étnica e condição física.