Segundo a Agência de Estatísticas Nacionais, o estudo revelou “alguma indicação de que as mortes relacionadas ao calor aumentaram nos últimos anos”, porém, os dados são classificados como experimentais e é aconselhável cautela ao fazer comparações anuais individuais. A agência ressalta que qualquer mudança climática em direção a temperaturas mais extremas provavelmente resultará em um aumento nas mortes atribuíveis.
É importante ressaltar que os dez anos mais quentes já registrados no Reino Unido ocorreram todos neste século, de acordo com o órgão de previsão nacional Met Office.
Durante o período entre 1988 e 2022, aproximadamente 51.670 mortes na Inglaterra foram associadas aos 5% dos dias mais quentes, enquanto cerca de 199.298 mortes foram relacionadas aos 5% dos dias mais frios. A cidade de Londres apresentou o maior risco de mortalidade quando as temperaturas ultrapassaram os 29°C, registrando um risco de morte três vezes maior do que quando as temperaturas estavam entre 9°C e 22°C.
Embora as temperaturas deste verão no Reino Unido não tenham alcançado níveis tão altos quanto em 2022, uma onda de calor ocorrida neste mês marcou a primeira série de sete dias consecutivos com temperaturas acima dos 30°C em setembro. O Met Office aponta que este verão de 2023 foi o oitavo mais quente já registrado no país.
Os resultados do estudo oficial sobre a mortalidade relacionada ao clima na Inglaterra em 2022 são alarmantes e reforçam a necessidade de ações para combater os efeitos da mudança climática. Medidas de adaptação e mitigação devem ser implementadas para proteger a população e evitar um aumento ainda maior nas mortes relacionadas ao calor. É urgente que os governos e a sociedade como um todo estejam comprometidos em enfrentar o desafio climático e buscar soluções sustentáveis para garantir a segurança e bem-estar de todos.