A Unisa, ao se pronunciar sobre o caso, definiu a atitude dos alunos como um “ato execrável” e expulsou pelo menos sete deles. A atlética da universidade também se pronunciou, afirmando que as imagens não representam os princípios e valores do grupo. Já a universidade São Camilo, onde alunos também aparecem nus em outro vídeo gravado no mesmo evento, está avaliando a possibilidade de medidas disciplinares contra eles.
O caso chamou a atenção da Polícia Civil, que iniciou uma investigação, e também do Ministério da Educação, que notificou a Unisa a prestar esclarecimentos. Além disso, a repercussão dos vídeos trouxe à tona a discussão sobre as violências cometidas em eventos universitários, como trotes, festas e competições, além da rotina acadêmica.
Para aprofundar o tema, o podcast Café da Manhã convidou duas especialistas. Sheylli Caleffi, ativista e pesquisadora, explicou o conceito da cultura do estupro, enquanto Lidia Possas, coordenadora do Laboratório Interdisciplinar de Estudos de Gênero da Unesp, analisou como esse quadro se consolidou no ambiente universitário e discutiu possíveis soluções.
O episódio do Café da Manhã, que é publicado diariamente no Spotify, parceiro da Folha nessa iniciativa, permite uma reflexão mais aprofundada sobre o assunto. O programa conta com a apresentação dos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, e a produção de Carolina Moraes, Laila Mouallem e Victor Lacombe. A edição de som é de responsabilidade de Thomé Granemann.
A discussão sobre a cultura do estupro no ambiente universitário é de extrema importância, pois evidencia a necessidade de mudanças estruturais e de conscientização para que esse tipo de comportamento seja erradicado. A exposição desses casos através das mídias sociais e o engajamento de ativistas e pesquisadores são fundamentais para que a sociedade como um todo se conscientize sobre a gravidade desse problema e adote medidas efetivas para combatê-lo.