Unicef lança Laboratório de Inclusão Produtiva das Juventudes para combater desemprego de jovens no Brasil

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lançou nesta quinta-feira (21) o Laboratório de Inclusão Produtiva das Juventudes (Linc), em São Paulo. Desenvolvido em parceria com o Centro de Desenvolvimento da Gestão Pública e Políticas Educacionais da Fundação Getulio Vargas, o Itaú Educação e Trabalho e o Instituto Unibanco, o Linc tem como objetivo apoiar, mobilizar e incentivar o desenvolvimento de políticas públicas para a inclusão dos jovens no mercado de trabalho.

O lançamento aconteceu durante o Encontro Educação e Trabalho: Perspectivas da Educação Profissional e Tecnológica, na Cinemateca Brasileira. Nesse evento, foram apresentadas as ações que serão realizadas pelo laboratório para incentivar políticas públicas e promover uma agenda nacional de inclusão de jovens no mercado de trabalho.

De acordo com dados recentes do Ministério do Trabalho e Emprego, atualmente, existem 5,2 milhões de jovens entre 14 e 24 anos de idade desempregados no Brasil. Diante desse cenário preocupante, o Linc pretende mapear boas práticas e políticas públicas existentes, oferecer suporte técnico e apoio para os estados que desejem desenvolver ações nesse sentido.

O laboratório atuará em seis eixos: mapeamento de boas práticas, formação, reconhecimento, organização e produção de conhecimento acadêmico, apoio técnico e monitoramento de indicadores. Além disso, será realizado um trabalho de engajamento e divulgação para que estados que ainda não possuem políticas de inclusão de jovens possam se engajar e desenvolver suas próprias ações, atendendo às necessidades específicas de suas populações locais.

Ana Inoue, superintendente do Itaú Educação e Trabalho, ressaltou a importância de oferecer condições de inclusão no mundo do trabalho para os jovens brasileiros. Atualmente, apenas 20% dos jovens de 18 a 24 anos estão na universidade, enquanto os outros 80% estão fora. Além disso, 88% das matrículas de jovens são na educação pública. Diante disso, é fundamental garantir oportunidades para que esses jovens possam continuar se desenvolvendo e avançando em suas carreiras.

O Brasil ocupa a segunda posição entre 37 países analisados com a maior proporção de jovens, entre 18 e 24 anos, que não estudam nem trabalham, ficando atrás apenas da África do Sul, conforme relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Diante desse cenário, o Linc surge como uma “grande aliança” entre poder público, setor privado e sociedade civil para oferecer oportunidades e não desperdiçar o potencial da juventude brasileira.

Para acompanhar as ações desenvolvidas pelo laboratório, a população poderá acessar o site do Linc. É necessário que todos os esforços sejam direcionados a construir um ambiente que promova a inclusão dos jovens no mercado de trabalho, garantindo assim um futuro mais próspero e igualitário para todos.

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