Salles, relator da CPI, acusa o movimento de práticas de abusos contra assentados e de se apropriar de recursos públicos. Além disso, o relator afirma que não há a necessidade de aumentar as áreas destinadas à reforma agrária neste momento, e critica o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), chamando-o de “o maior latifundiário improdutivo do país”.
O deputado prometeu apresentar anexos ao relatório, nos quais detalhará os crimes que, em sua visão, foram praticados por integrantes do MST. Salles também pede o indiciamento de 11 pessoas, incluindo o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, e José Rainha, líder da Frente de Luta Campo e Cidade. O deputado sugeriu ainda o indiciamento do presidente do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), Jaime Messias Silva.
Após a leitura do relatório e o pedido de vista, o presidente do colegiado, tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS), encerrou rapidamente a sessão, sem permitir que os deputados se manifestassem.
Ainda não está claro o posicionamento dos demais membros da CPI em relação ao relatório apresentado por Salles. A votação do parecer poderá ser um marco na investigação sobre possíveis irregularidades cometidas pelo MST, assim como nas discussões sobre a reforma agrária e a titularidade de terras no Brasil.
É importante ressaltar que o MST é um movimento social que busca o acesso à terra e a reforma agrária, defendendo a agricultura familiar. Desde sua fundação, o movimento enfrenta resistências e polêmicas, sendo alvo de críticas e acusações por parte de diversos setores da sociedade.
Agora, resta aguardar a próxima reunião da CPI e acompanhar os desdobramentos desse relatório, que promete esquentar ainda mais o debate sobre a reforma agrária no país.