Ministro da fazenda reforça compromisso com meta fiscal e destaca importância do apoio do Congresso para alcançá-la

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou hoje em Brasília que perseguir a meta fiscal é um compromisso do governo brasileiro com as contas públicas. Haddad demonstrou aprovação ao comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgado na quarta-feira, que ressaltou a necessidade do cumprimento das metas fiscais para que o Banco Central continue reduzindo os juros.

“Perseguir a meta fiscal, como diz o comunicado, é uma coisa importante porque demonstra a seriedade do país com as contas públicas. E a situação do Brasil é mais confortável que a de outros países que estão em situação muito mais dramática desse ponto de vista e não estão conseguindo acertar as contas”, afirmou Haddad ao deixar o ministério.

No comunicado divulgado após a reunião que reduziu os juros básicos da economia para 12,75% ao ano, o Copom alertou que qualquer mudança na meta fiscal para o próximo ano teria impacto sobre a política de juros. O comitê destacou a importância da execução das metas fiscais para a ancoragem das expectativas de inflação e para a condução da política monetária.

O novo arcabouço fiscal estabelece uma meta de resultado primário zero para o próximo ano, com margem de tolerância de 0,25 ponto percentual, podendo chegar a um superávit de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) ou déficit na mesma magnitude.

Haddad ressaltou que a parceria com o Congresso Nacional será importante para cumprir a meta estabelecida. Nos últimos meses, o Poder Executivo enviou uma série de medidas provisórias e projetos de lei que buscam reduzir ou extinguir benefícios fiscais concedidos nos últimos anos e aumentar a arrecadação do governo.

“Com apoio do Congresso, tenho certeza de que vamos avançar no sentido correto de não aprovar novas despesas, não aprovar novas desonerações e fazemos o que precisa ser feito para corrigir as distorções tributárias que o Brasil acumulou ao longo dos últimos anos. São distorções, injustiças que não trouxeram nenhum benefício social e causaram uma erosão da base fiscal do Estado brasileiro”, afirmou o ministro.

Haddad também teve um encontro com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que classificou como rotineiro. Ele afirmou que trocam informações técnicas e buscam alinhar as decisões para o futuro. Durante a conversa, eles discutiram a turbulência no mercado internacional causada pelas expectativas de aumento dos juros nos Estados Unidos e o impacto disso no Brasil.

Haddad revelou que está sempre preocupado com o que está acontecendo no mundo e que tem acompanhado atentamente as notícias sobre os juros de longo prazo nos EUA. Ele destacou que estão construindo um caminho para lidar com essas questões.

Em resumo, o ministro Haddad reforçou a importância de perseguir a meta fiscal e mostrou confiança na parceria com o Congresso para atingir esse objetivo. Ele também discutiu a turbulência no mercado internacional com o presidente do Banco Central e reafirmou o compromisso em tomar as melhores decisões para o futuro.

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