Segundo Michele Schultz, presidente da Associação de Docentes da USP, a participação ativa dos professores é essencial para o movimento dos estudantes, já que suas demandas também são de interesse dos docentes. Ainda não há informações sobre a adesão dos demais funcionários da FFLCH ao protesto, pois a direção da unidade não se manifestou sobre o assunto.
A greve dos alunos teve início na noite de segunda-feira (18), quando estudantes dos cursos de letras e geografia planejavam protestar contra a carência de professores. Após a diretoria da FFLCH informar que todas as atividades estavam suspensas, os prédios foram esvaziados e trancados, com medo de invasões. A Guarda Universitária foi acionada e a presença de viaturas da Polícia Militar foi necessária.
Após essa ação, alunos de outros cursos da FFLCH, como ciências sociais, história e filosofia, decidiram apoiar a greve. Representantes de outras unidades de ensino da USP também votaram a favor de se unir aos grevistas. No início da greve, uma lista de exigências foi enviada ao diretor da FFLCH, Paulo Martins, que incluía a liberação dos prédios, a saída dos agentes de segurança dos espaços estudantis, uma reunião entre a reitoria da USP e os alunos, e uma retratação pública de Martins, que foi gravado xingando os manifestantes.
Até o momento, a direção da FFLCH atendeu aos dois primeiros pontos das exigências dos estudantes, mas as negociações continuam em relação aos demais pedidos. O desenrolar da greve e a possível adesão de mais funcionários da FFLCH serão acompanhados de perto nas próximas semanas.