Até o momento, duas pessoas foram presas preventivamente, enquanto os agentes cumprem 40 mandados de busca e apreensão nos estados de Roraima, Amazonas, Goiás e Distrito Federal. Esses mandados foram expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Boa Vista.
De acordo com as investigações da Polícia Federal, o esquema envolve supermercados localizados em Roraima e Amazonas, responsáveis por vender alimentos para a Venezuela. O ouro clandestino era utilizado como forma de pagamento por esses estabelecimentos.
A estratégia utilizada pelas transportadoras contratadas consistia em esconder o ouro contrabandeado no interior de caminhões, que entravam em Roraima sem passar pelos procedimentos necessários e sem o pagamento dos tributos devidos.
Posteriormente, os mineradores compravam o minério das transportadoras e o enviavam para empresas especializadas na exploração de ouro. Essas empresas eram responsáveis por efetuar o pagamento aos supermercados e distribuidores de alimentos.
Segundo as investigações, os principais envolvidos nesse esquema criminoso também estariam ligados à exploração clandestina do minério na Terra Indígena Yanomami, além de atuarem em garimpos ilegais espalhados por outros estados.
Além dos mandados de prisão e busca, a Justiça determinou o bloqueio dos valores, veículos e aeronaves dos investigados, com o intuito de reprimir o avanço do esquema e evitar que os suspeitos movimentem os recursos provenientes dessa atividade ilegal.
A Polícia Federal permanecerá atuando na investigação do caso, a fim de identificar todos os envolvidos no esquema de contrabando e venda de ouro ilegal, buscando assim a responsabilização e a punição adequada para os criminosos que prejudicaram o meio ambiente e a comunidade indígena Yanomami.